sexta-feira, 20 de agosto de 2010

- Como montar seu primeiro aquário?!

Ao contrário do que muitos imaginam, ter peixes como animais de estimação não é trabalhoso e sim, muito prazeroso. O problema é que muitos compram seu primeiro aquário com “UM peixinho tão lindinho” sem estudar e pesquisar o assunto antes. Os cuidados necessários são simples, mas podem aniquilar toda a população de um aquário se não forem adequados. O resultado é ver o “peixinho lindinho” boiando sem vida e concluir que fazer um aquário dar certo é muito difícil! O sucesso de um aquário não tem nada a ver com sorte, ele é resultado de conhecimento.
60 cm x 30 cm x 40 cm (Comprimento x Largura x Altura) é um bom tamanho e bastante comum nas lojas de aquarismo
Como todo ser vivo, os peixes precisam de alguns cuidados específicos (não adianta querer alimentar um cachorro com salada, não é?) e antes de começar este hobby é preciso aprender o básico sobre espécies de peixes e manutenção de aquários.Primeiramente, muitos iniciantes acreditam ser melhor e mais fácil começar com um aquário pequeno. Curiosamente, neste caso, a realidade é o inverso. Na maioria dos casos, um aquário de tamanho médio ou grande é mais fácil de se manter.Uma das razões é que um aquário pequeno possui uma capacidade de volume de água muito limitada, ao contrário do que acontece no habitat natural do peixe. Quanto mais similar o habitat de seu aquário for do habitat natural do peixe que você escolher, maiores serão as chances de sucesso. Além disso, qualquer forma de poluição ou infecção que cause a morte de um peixe em seu aquário, se propagará mais rapidamente em um aquário pequeno do que em um que tenha muito mais volume de água. É como a propagação da gripe em um ambiente pequeno e fechado. O volume de água que um aquário médio ou grande contém é uma grande vantagem e vai trabalhar a seu favor, minimizando os efeitos de alguns equívocos que você possa cometer, sendo um iniciante e tentando criar um habitat melhor para seus peixes.

Outro erro comum cometido pelo iniciantes é a velocidade com que enchem seus aquários de água e a velocidade com que introduzem os peixes nele. Você deve ter sempre em mente que está criando um ecossistema similar ao habitat natural do peixe que quer introduzir. Será que o peixe vive sozinho na natureza? É claro que não! Ele vive entre bactérias, fungos e diversos outros microorganismos, sem mencionar as plantas e outras criaturas.Por isso, recomenda-se que o aquário seja enchido aos poucos, dando tempo para que alguns desses benéficos microorganismos se desenvolvam na água antes da introdução de vários peixes.

Vamos falar resumidamente sobre equipamentos, testes e cuidados básicos para iniciantes, mas que são fundamentais para se obter sucesso desde a primeira montagem.


Filtro: É o equipamento mais importante, pois é ele que realiza a filtragem mecânica, química e biológica do aquário. Este têm que ser bem escolhido, dê preferência para filtros que caibam uma boa quantidade de materiais filtrantes, ou, se preferir, pode-se montar um, o recomendado é que o filtro circule no mínimo cinco vezes o volume de água do aquário. Esqueça o uso do famoso FBF (Filtro Biológico de Fundo), ou aquelas placas pretas sob o cascalho, com o passar do tempo ele passa a ser mais um causador de problemas do que propriamente um filtro biológico, este é um equipamento ultrapassado no aquarismo, e mesmo que ainda haja pessoas que defendam seu uso (principalmente vendedores mal informados) é um método que deve ser definitivamente descartado.

Os materiais filtrantes que se costumam usar nos filtros são os seguintes:

- Perlon. Onde ficam retidas as partículas em suspensão na água, realizando assim a filtragem mecânica.

- Cerâmica. É onde vai ficar a grande concentração da colônia de bactérias, realizando a filtragem biológica, muito importante. Também pode-se usar outros tipos de materiais não tão comuns como fibras para fixação de bactérias.

- Carvão Ativado: É onde será feita a filtragem química da água, algumas pessoas utilizam removedores de amônia, de fosfatos, de nitratos etc, mas o mais comum é o carvão ativo. Em aquários bem montados, essa filtragem pode ser dispensada.

Uma recomendação muito importante é de nunca desligar o filtro, lembre-se que a sua colônia de bactérias só pode ficar algumas horas sem oxigenação, muito tempo sem oxigênio tende a fragilizar e até matar toda à colônia. Vale lembras que nunca de deve deixar seu filtro ligado sem água dentro, pois ele poderá queimar por super-aquecimento.


Aquecedor com termostato: Indispensável para quem mora em regiões onde a temperatura costuma cair bastante, principalmente à noite. Este nada mais faz do que manter a água do aquário em uma temperatura constante, por exemplo, se você regular ele em 25º e a temperatura da água cair para 24º ele aciona sozinho e faz a água voltar para os 25º. Mudanças muito bruscas de temperatura serão prejudiciais para os peixes, por isso a necessidade do uso deste equipamento. Mesmo assim é recomendado o uso de um termômetro para acompanhar a temperatura em caso de uma possível “pane” do termostato. O ideal é que a temperatura fique entre 23º a 27ºC, esse é o recomendado, mas claro que varia de espécie para espécie. Dê uma pesquisada sobre a espécie que vai adquirir e veja a temperatura recomendada para a mesma, mas já adiantando, nunca deixe a temperatura acima dos 30ºC e nem abaixo dos 20ºC para peixes tropicais. Faça a escolha do aquecedor seguindo a formula de 1Watt/litro, por exemplo, se seu aquário tiver 80 litros escolha um aquecedor de 80W ou o valor mais próximo disso. Você nunca deve ligar o aquecedor fora do aquário e mesmo se estiver no aquário o recomendado é que se tire da tomada e deixe esfriar com a temperatura da água para somente depois retirá-lo. O choque térmico pode causar a quebra do vidro de proteção do equipamento.

O aquecedor somente aquece a água, não resfria, para isso, pode se usar métodos mais baratos como ventoinhas próximas à superfície, ou equipamentos mais sofisticados como um chiller que tanto pode aquecer como resfriar a água, muito importante em aquários com invertebrados, já que nesse aquários a água deve se manter entre 20º e 25ºC, coisa quase impossível em regiões tropicais.

Iluminação: Vai depender muito do tipo de aquário que se vai ter. Um plantado, por exemplo, requer uma iluminação maior que um aquário somente de peixes. Devido aos cuidados que se deve ter com as plantas onde, a grosso modo, é recomendado 1 Watt/litro, a grande maioria dos iniciantes no hobby aderem às plantas de plástico em seu primeiro aquário, então a iluminação não será um grande problema, podendo ter como “regra”:

Para plantados 1 Watt/litro e não plantados 0,3 Watt/litro.

Para calcular o volume de água do aquário basta multiplicar o comprimento pela altur, pela largura com os todos valores em centímetros, dividir o resultado por mil então se obterá o resultado em litros.

A iluminação não deve ser forte, pois deixa os peixes estressados e tira o seu brilho e cor. O período de iluminação do aquário deve ser de 10 a 12 horas diárias, coordene também o período em que a lâmpada vai ficar acesa e mantenha sempre o mesmo horário. Escolha, por exemplo, ligar as 7:00H e apagar as 19:00H, período de 12 horas, faça todos os dias no mesmo horário para os peixes adquirirem uma noção de “dia e noite”, podemos também usar um temporizador que fará essa função de acender e apagar as luzes no mesmo horário, automaticamente. Lembre-se que os peixes dormem apesar de não ter pálpebras, não se engane, eles dormem sim.

Decoração: Deve-se ter cuidado ao adquirir a decoração do aquário, pois muitas pedras/rochas tem o poder de alterar o pH da água, neste caso procure comprar pedras neutras, ou seja, que não interferem no pH da água. As pedras tem o poder de alcalinizar a água, mas nunca acidificar, o que faz esse efeito de acidificar, normalmente, são os troncos que também fazem parte da decoração.
Falando em troncos, este também é um dos erros mais comuns de quem está começando, por ver troncos nos aquários acabam colocando qualquer madeira no seu aquário sem saber que alguns soltam substâncias tóxicas na água, e mesmo os que são considerados ideais ainda assim precisam passar por um tratamento, assunto para outro artigo.

Conchas do mar devem ser descartadas da decoração, pois aumentam muito o pH, exceto se for manter, por exemplo, Ciclideos Africanos que requerem um pH muito elevado. Cuidado também para não colocar nada pontudo no aquários, pois os peixes certamente vão se machucar nessas pontas.

Quando for colocar a decoração procure fazer tocas ou esconderijos para os peixes, pois quando os mesmos estiverem, por exemplo, estressados, um esconderijo será de grande serventia, sem contar que tocas são excelentes para peixes com hábitos noturnos. Você nunca deve utilizar aqueles cascalhos coloridos, pois eles soltam tinta e também pode estressar os peixes. O cascalho deve ser muito bem lavado e preferencialmente fervido antes de ser introduzido no aquário. É valido também colocar um fundo no aquário, para esconder toda a "bagulhada" que fica atrás como o filtro externo, fios, etc. Pode-se usar aqueles fundos com paisagens ou então cartolinas.

Comprando os peixes: Quando for comprar os peixes, dê preferência para aqueles que tem uma coloração normal, nem muito claro, nem muitos escuros, se algum deles estiver com um comportamento diferente dos demais como estar quieto no fundo, ou nadando na superfície, exceto para espécies com esses hábitos, não o leve, pois certamente este peixe está com algum problema. Algumas espécies somente com o passar do dedo no aquário acompanham seu dedo achando que vão ganhar comida. Dê preferência para lojas com boa reputação, nessas lojas os peixes costumam ter um tratamento melhor, e conseqüentemente são mais saudáveis. Tenha cuidado ao adquirir seus peixes para ver se são compatíveis entre si (isso inclui principalmente ao fator do pH) e se vão se adaptar com o tamanho do seu aquário, pois um dos maiores mitos do nosso hobby é exatamente este, “quanto maior o aquário mais o peixe cresce” isso é história de gente desinformada, um peixe irá crescer independentemente do tamanho do aquário, e se colocado em um aquário menor do que o recomendado pode sofrer de graves problemas como um estresse constante, atrofiamento até morte.
Não compre peixes além do que o seu aquário comporta, dê uma boa pesquisada em quais/quantos peixes você poderá colocar no seu aquário, pois ao contrário você terá problemas como um nível muito alto de amônia que é um composto extremamente tóxico para os peixes, podendo levá-los a morte.

Se comprar peixes de aquários diferentes, peça para o lojista colocar em saquinhos separados, o interessante também é que se coloque o saquinho em algo escuro diminuindo assim o estresse do animal na viagem até em casa.

Introduzindo os peixes no aquário: Para isto, o aquário deve estar devidamente ciclado e adaptado para receber seus novos habitantes. Nunca monte um aquário e logo em seguida coloque os peixes, o período que se leva para ciclar o aquário, geralmente é de 30 a 40 dias. Neste período deve-se acompanhar os níveis de amônia, nitritos e nitratos que devem aumentar. Quando a amônia e nitrito caírem a zero depois de terem subido, aí sim, o aquário está pronto para receber os habitantes, mas cuidado, os peixes devem ser colocados aos poucos para que a colônia de bactérias se adeque ao aumento da carga biológica. Quando for colocar os peixes no aquário deixe o saquinho boiando na água por uns 15 minutos para os peixes se adaptarem à temperatura do aquário, após, coloque um pouco da água do aquário no saquinho. Faça isso em intervalos de 5 minutos até completar 15 minutos, isso se faz para os peixes irem se acostumando com os fatores químicos da água do aquário, após este procedimento pode-se então colocar os peixes. Não coloque a água do saquinho no aquário, jogue esta água fora. Não se assuste se no início os peixes ficarem quietos no fundo ou se escondendo, ou então não se alimentarem, pois é normal que fiquem assim devido à mudança, eles podem também perder sua coloração, mas após terem se adaptado ao aquário recuperam sua cor normal.

Alimentação: Um dos problemas dos iniciantes é o excesso de comida, quando for alimentar seus peixes coloque pouca comida o suficiente para ser consumido em até 5 segundos, espere-os comer o que foi dado, após, coloque mais um pouco, quando observar que a procura por comida diminuiu já estará na hora de parar de alimentá-los. Fazendo este procedimento evita-se restos de comida na água o que resultaria em matéria orgânica em excesso, algas, turvamento da água etc.

Procure variar a alimentação dos peixes, comprando diferentes alimentos, não se limite a dar sempre a mesma ração, peixes comem praticamente de tudo, então, a necessidade de variar a alimentação. Procure oferecer para os peixes rações de boa qualidade, procure também oferecer-lhes alimentos vivos uma vez por semana como artêmias pois são ótimas para complementar sua dieta. Saiba também que os peixes no calor costumam comer mais. Nunca alimente seus peixes à noite com as lâmpadas apagadas, a não ser com rações específicas no caso da manutenção de peixes de fundo. Procure assim como as luzes, definir um horário fixo para alimentar seus peixes, alimentá-los de duas a três vezes por dia já está ótimo. Cuidado para não deixar o pote de comida aberto ou perto do calor das lâmpadas. Saiba também que um alimento velho perde suas características nutritivas, então, sempre quando for comprar uma ração observe a data de fabricação, caso esteja velha, descarte sua compra. Não dê para seus peixes rações de má qualidade, migalhas de pão ou bolachas.

Manutenção: Outro fator muito importante para se obter sucesso com um aquário. As manutenções devem ser seguidas à risca principalmente em aquários pequenos e é ai que entra mais um dos mitos do hobby “aquário pequeno dá menos trabalho que um grande”, isso está extremamente errado, um aquário grande é muito mais estável que um aquário pequeno. Em um aquário pequeno os fatores de química/temperatura da água tendem a variar muito, então, não se deixe enganar, um aquário grande dá menos trabalho que um pequeno e as chances de se obter sucesso com um aquário grande é muito maior que um de pequeno porte.

Como os fatores da água tendem a variar, principalmente em aquários pequenos deve-se sempre ter em mãos alguns testes, principalmente testes de amônia, nitrito e pH, e estes devem ser observados constantemente. Outro produto que se deve ter em mãos é o anti-cloro, pois muita gente perde seus peixes por não saberem que não se pode colocar água da torneira no aquário sem antes eliminar o cloro existente na água, se caso usar condicionadores de água o uso do anticloro torna-se desnecessário, pois além de neutralizar os metais pesados também elimina o cloro e outros compostos nocivos.

Faça tpas (trocas parciais de água) semanais sifonando bem o fundo do aquário. Isto serve para retirar todo o acúmulo de matéria orgânica que fica no substrato, troque de 30% a 40%, repondo com água nos mesmos parâmetros de pH e temperatura da água do aquário, preferencialmente uma água tratada com condicionadores e descansada. Em aquários grandes pode-se fazer esse procedimento de 15 em 15 dias.

NUNCA, mas NUNCA mesmo deve-se lavar o aquário, no momento em que está se fazendo isto se quebra todo o ciclo que se criou dentro do aquário matando toda a sua colônia de bactérias e voltando-se a estaca zero.  Lembre-se também de manter seu filtro sempre limpo e trocar os elementos filtrantes sempre que necessário, mas nunca troque os elementos da filtragem biológica, esta deve ser somente lavada com a própria água do aquário e sem esfregar muito.

Cuidados: Alguns cuidados parecem besteira, mas devem ser seguidos, um dos mais importantes, é que se você já tem um aquário ciclado e habitado, quando comprar peixes ou plantas estes têm que passar por uma quarentena evitando assim transmitir doenças, protozoários, vírus, bactérias etc para o aquário. Para os peixes deve-se ter um aquário de quarentena e para as plantas pode-se deixá-las em bacias ou garrafas cortadas.  Outro cuidado muito importante é, após detectar que um peixe está doente, ele deve ser retirado do aquário principal e medicado em um aquário hospital. Não use remédios no aquário principal pois isso pode prejudicar a sua colônia de bactérias, alterar o pH etc.

Procure escolher primeiro os peixes que se vai criar para somente depois comprar o aquário, assim fica mais fácil comprar/adequar o aquário para os habitantes, e as chancer de se obter sucesso aumentam ainda mais. Colocar a mão dentro do aquário deve ser evitado a menos que seja de extrema necessidade.
A injeção de CO2 deve ser realizada somente se for um aquário plantado, mesmo assim é necessário pesquisar sobre as plantas que se pretende adquirir para ter certeza que as mesmas necessitam deste procedimento. Não monte seu aquário perto de janelas ou lugares onde haja luz solar ou muita claridade. Evite colocar peixes que nadam rápido em aquários pequenos. Todo aquário deve ter uma placa de isopor embaixo dele pois isso anula as pequenas imperfeições da superfície onde o aquário se encontra. Bater no vidro do aquário é ruim, pois os peixes costumam se assustar e acabam se machucando. Cuidado com choques externos no vidro. Peixes de diferentes portes não devem ser mantidos no mesmo aquário, pois os menores podem ser devorados. Muita movimentação na água por conseqüência do sistema de filtragem pode estressar os peixes. Removedores de amônia devem ser usados somente quando estiver tendo problemas com esse composto.


- PH ENTENDA MAIS SOBRE ELE:
O pH é o potencial de hidrogênio, a grosso modo seria o "balanço" entre os íons H e os íons OH presentes na água. O pH 7 é neutro, ou seja, a quantidade de cargas H é equivalente à quantidade de cargas OH. Quando há mais íons H do que OH, o pH é ácido, do contrário, alcalino. O pH é uma escala logarítmica, o que significa que um ponto de pH significa 10 vezes mais acidez ou alcalinidade.
Para o aquarista, o mais é importante é saber que todo peixe tem uma faixa de pH na qual vive melhor, que geralmente é a faixa do seu habitat natural. Assim, neons e discos são peixes de água ácida, enquanto ciclídeos africanos e poecilídeos são de água alcalina.  
 O ideal é tentarmos manter nossos peixes dentro da faixa de pH em que eles vivam melhor, mas é importante termos em mente o conceito de FAIXA de pH. O pH na natureza e mesmo em nossos aquários varia em função de vários fatores, claro que na natureza a variação é mínima devido à quantidade de água, mas é praticamente impossível cravá-lo num determinado valor, além disso, muito mais prejudicial do que um pH que não seja o considerado ideal pro peixe são variações bruscas de pH.
 Na prática, é considerado normal uma faixa com variação de 0,4 acima ou 0,4 abaixo do pH considerado ideal. Por exemplo, se o pH ideal pra um determinado peixe é 6,8, não há porquê se preocupar enquanto o pH do aquário estiver numa faixa de 6,4 a 7,2. Se o aquarista quiser mais precisão, dá pra estreitar essa faixa em 6,6 a 7,0, o que dará mais trabalho, mas não é impossível, já fixar o pH em 6,8 é uma missão ingrata.
Para alcalinizar ou acidificar o pH, o primeiro passo é descobrir a razão pela qual o pH se torna ácido ou alcalino. Muitos fatores concorrem para a mudança do pH. Os mais comuns seriam:
Acidificação:
  • Acúmulo de matéria orgânica;
  • Injeção de CO2;
  • Adição de ácidos.
Alcalinização:
  • Perda de CO2;
  • Materiais calcáreos (rochas, substrato);
  • Alto KH (dureza carbonata) da água de reposição.
Um fator importantíssimo a considerar é o KH. O KH é a reserva alcalina da água, quanto maior ele for, mais íons H serão necessários pra baixar o pH, ou seja, mais difícil será acidificar a água. Portanto, se o KH da torneira já vem alto, acidificar o pH é bem mais trabalhoso.
 
Algumas dicas:
  • Procure sempre descobrir a causa da variação do pH.
  • É bem mais fácil alcalinizar o pH do que acidificar.
  • Água com alto KH torna difícil baixar o pH.
  • Se o pH baixa demais, é sinal de muita matéria orgânica no aquário, tome cuidado. Uma leve tendência à acidificação é normal, uma forte é preocupante, principalmente com filtro biológico de fundo (FBF).
  • Peixes suportam bem faixas de pH, mas é importante evitar variações bruscas.
  • Métodos de acidificação são o uso de algumas medeiras, xaxim, turfa, injeção de CO2, acidificantes industrializados etc.
  • Métodos de alcalinização são bicarbonato de sódio, dolomita, pedras calcáreas, alcalinizantes industrializados etc.

   

3 comentários:

Unknown disse...

Muito obrigada, esse blog está me ajudando bastante em relação á minha segunda criação de peixes (:
Abraços,
Brenda

Dudo disse...

Ah que bom então... espero que possamos te ajudar no que precisar. E sempre que quizer pode perguntar la na comu ou no kut mesmo.
Valeu

Gleison disse...

Adorei o blog, achei ele por acaso no orkut. Sempre tive vontade de ter um aquário, mas sabia que precisava de certas coisas da qual eu não tinha conhecimento. O pior que não tinha nem onde perguntar!!!
Consegui ter algum conhecimento lendo as coisas no blog (e com a ajuda de alguns amigos que conheci, que tb já tiveram aquários), com isso me atrevi a comprar um. Comprei só o aquario, ainda tô fazendo as coisas aos poucos (tô sem grana). Mas com as informações que vcs postam aqui vai dar certo. Valeu!!! e continuem