domingo, 31 de julho de 2011

- História do Aquarismo

Você conhece a história da AQUARIOFILIA ??  Ainda não! Então vamos começar um breve conto que mostrará que o hobby de criar peixes não vem de agora e sim dos tempos primórdios.

      
Os peixes começaram a ser criados em cativeiro não como passatempo, mas por razões práticas, por serem uma fonte alimentar. A aquariofilia tornou-se um passatempo quando, por curiosidade, se decidiu isolar espécies de coloridos invulgares e reproduzi-los. Na China, os primeiros aquariófilos começaram por criar ciprinídeos em quantidades enormes, não apenas com cores mais vivas, mas também com adaptações específicas no corpo e nas barbatanas. No século XVI, os coloridos ciprinídeos eram introduzidos no Japão. Ao longo dos cem anos seguintes foram-se espalhando pela Europa e por volta de 1900 o peixe-vermelho chegou à América.
Os primeiros aquários e os aquários da modernidade:

         Foi provavelmente no início do século XIX que surgiram os aquários que hoje conhecemos. Até então, só há registros de peixes criados, durante alguns anos, em frascos de vidro. O ponto decisivo deu-se em 1850, quando R. Harrington apresentou um relatório à Chemical Society de Londres, Inglaterra, descrevendo a forma de como conseguia manter com êxito um peixe dentro de um vidro. Ocaso despertou grande interesse e lançou a “aquariofilia” como um passatempo que se começou a se tornar muito popular.
        Em 1852, a London Zoological Society, iniciou a construção do primeiro aquário público, inaugurado no ano seguinte. Seguiu-se um segundo nos Zoological Gardens de Surrey, também na Inglaterra, antes de surgirem por toda a Europa grandes aquários públicos de água doce, exibindo exemplares nunca vistos, admirados por filas intermináveis de visitantes curiosos.
        Os primeiros aquariófilos amadores mantinham apenas peixes indígenas. Nas cidades costeiras, tentava-se a criação de espécies marinhas, enquanto no interior praticamente todas as espécies de água doce era mantidas em cativeiro. Embora os peixes de água doce fossem, em geral, mais acessíveis e populares, os livros sobre peixes escritos na época tratavam sobretudo de peixes marinhos de águas frias. Como não havia tanques já prontos à venda, publicavam-se livros com instruções detalhadas sobre como construir um aquário. Essas estruturas eram, em geral, mais decorativas do que funcionais. Num dos modelos clássicos, a parede da frente era de vidro e as outras de madeira.
      Em pouco tempo, a aquariofilia transformou-se num desafio, não só à imaginação do público como também à dos entusiastas interessados em manter aquários cada vez mais ambiciosos. Em 1857, H. Noel Humphreys publicou Jardins em Oceanos e Rios – História dos Aquários de Água Doce e Salgada, onde afirmava: Um dia teremos aquários tropicais, onde a temperatura e características dos mares dos trópicos serão reproduzidas com êxito”.
        Ele não só previu a invenção do aquecedor e do termostato, que permitiriam expandir gradualmente a gama de criaturas possíveis de manter num aquário, como foi, também, um dos primeiros a reconhecer a importância da química na criação de peixes. Além disso, reconheceu um princípio que ainda hoje é, muitas vezes, ignorado pelos aquariófilos: O GRANDE NUMERO DE PEIXES EM UM PEQUENO ESPAÇO DENTRO DO AQUÁRIO.
       Embora o seu interessante tanque não parecesse lotado, ele veio a descobrir que ultrapassara o limite de ocupação e que as criaturas não conseguiam adaptar-se a viver numa área de dois centímetros quadrados para cada indivíduo.
       O aquecimento, a iluminação e o sistema de filtragem foram gradualmente introduzidos, embora de início fossem muito rudimentares. Muitos dos primeiros tanques tinham o fundo em ardósia e eram aquecidos por baixo através de um pequeno queimador. Com o aparecimento de aquecedores e termostatos mais sofisticados, os aquários passaram a ser construídos com vidro e uma estrutura metálica.

       À medida que o equipamento se desenvolvia e melhorava, os criadores começaram a procurar variedades diferentes de peixes. As pessoas começaram a cansar-se das espécies indígenas, pouco interessantes, normalmente disponíveis. Um dos raros peixes não locais mencionados nos primeiros livros sobre aquários é o peixe-vermelho: uma publicação norte-americana de 1858 e uma obra inglesa datada de 1890 notam que, embora considerado uma espécie de água fria, o peixe-vermelho ocorre nos climas quentes e sobrevive a uma temperatura de 27 ºC. O interesse pelos aquários reacendeu-se com a introdução dos coloridos peixes tropicais, como o peixe-paraíso, que se popularizou na Alemanha por volta de 1876 e de que há registo na Inglaterra em 1890. Desde então, a aquariofilia não parou de se desenvolver. Surgiram sociedades aquáticas, organizaram-se exposições e concursos. Esses eventos angariavam novos entusiastas e o passatempo foi florescendo, mesmo durante os anos austeros da Segunda Guerra Mundial. Nessa altura, era impossível manter aquários de água salgada, visto que esta corroía as estruturas metálicas, produzindo toxinas fatais para as espécies marinhas.


       

      Já nos dias atuais, o acrílico muitas vezes já substitui o vidro normal dos aquários, os tornando mais resistentes e até estéticamente mais bonitos.
Agora também já temos uma estrutura mais adequada para a criação de aquários marinhos, onde a estrutura é mais esecífica onde não se contamina o aquário e nem os seus habitantes devido à tal toxina liberada pelos sais.
Além disso tudo hoje em dia é possível obter conhecimento de como fazer uma boa criação e de tudo o que precisamos, desde um aquecedor até um medicamento que antigamente não era conhecido. Com os estudos atuais, podemos desenvolver esse hobby de tal maneira que ficará para a história da humanidade.

       O que ainda fica é que muitas pessoas consideram o aquarismo com uma forma de extinção para peixes raros, o que no meu ponto de vista isso não é correto afirmar. Para mim hoje em dia nós deveríamos agradecer aos aquaristas por salvarem as espécies que poderá entrar em extinção daqui uns anos.
       Com a evolução e a devida exposição do aquarismo nós podemos dizer que somos salvadores da natureza, pois hoje podemos obter boas maneiras de como criar um meio adequado à cada tipo de peixe que quisermos criar.
       O que precisamos fazer é demonstrar para essas pessoas que de maneira nenhuma estamos devastando as espécies e sim dando uma oportunidade para que se reproduzam e que se salvem por si só.
       Por isso sempre digo que o aquarismo não é um simples hobby, não é apenas colocar um peixinho dentro de um vidro para ser visto por outras pessoas. Não! O aquarismo é sim um hobby só que mais que isso, é uma paixão. É você pegar um peixe e criar um habitat para ele, é você se dedicar, é amar, é sinceramente se entregar de corpo e alma para obter o necessário que possa precisar. É estudar, é passar noites em claro pesquisando, é doar-se inteiramente para um hobby que daqui uns anos será visto como salvação.
      Se você é aquarista de coração, não se intimide se alguém disser que esta acabando com a liberdade de um ser. Erga a cabeça e responda que daqui uns anos quando o homem acabar com a nossa natureza, que será esse aquário que provavelmente seus filhos ou netos poderão conhecer. Que será esse aquário que terá salvado espécies, e terá feito reprodução de muitas delas que provavelmente não existirão mais.






Fonte da história: http://clientes.netvisao.pt/pedrogam/historia.htm



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