quinta-feira, 7 de outubro de 2010

- Conheça mais sobre o Paulistinha (Dânio rerio)


Ele não é originário de São Paulo, apesar de ter se dado muito bem na Terra da Garoa. 0 seu nome popular se deu da conformidade das listras negro-azuladas que atravessam o seu corpo, desde o opérculo até a nadadeira caudal, com simetria quase que perfeita, sobre um fundo prateado que se assemelha a bandeira paulistana no aspecto geral (nos machos, o fundo prateado se torna amarelado).
Proveniente da Índia e adjacências, o Paulistinha é hoje um peixe ameaçado em seu habitat original, devido ao alto índice de poluição nos rios da Bacia do Rio Ganges. Só não corre o risco de extinção por causa da sua rusticidade e prolificidade, e também por ainda haver locais despoluídos na Índia. Além de que é uma espécie largamente criada com fins comerciais e científicos. Esta resistência confere ao Rerio, uma adaptabilidade extrema, sendo o peixe realmente indicado ao iniciante, que podem ser adquirido aos montes. Sim, aos montes porque essa espécie adora viver em grupos e em aquários plantado com vegetais baixos, pois os paulistinhas nadam boa parte do tempo na superfície.

MANUTENÇÃO
         0 belo corpo listado, tem efeitos muito bonitos, em contraste com o fundo verde proporcionado pelas plantas e iluminado por lâmpadas gro-lux, e com certeza, você não terá trabalho para manter seus Rerios sempre bonitos. Os Paulistinhas toleram extremos de temperatura, eles se mantêm vivos tanto em temperaturas altas corno as mais baixas, porém é imprescindível que se mantenha sempre em 25 °C., o pH também é fator que não afeta em suas pequenas variações, entre 6,8 e 7,4.  Notamos  que Paulistinhas criados em pH muito baixo (6,2) ou muito alto (7,8) se alimentam mais que deveriam, talvez pela falta de absorção de sais da água pelo processo de osmose, que deve ficar prejudicado em acidez ou alcalinidade extremas. Na alimentação, em condições de pH e temperatura normais, os Rerios se alimentam de tudo que lhes é dado, mas o ideal é variar bastante com alimentos, que podem ir das rações floculadas até patês.
Seguindo essas recomendações você jamais terá Paulistinhas doentes, inclusive algo difícil de se ver em aquários, por pior que sejam as condições, além de proporcionar a eles um crescimento rápido atingindo facilmente 4 a 5cm, e no casos dos Paulistinhas véu, até maiores pois suas nadadeiras têm formas e tamanhos exuberantes.

SUB-ESPÉCIES   
Caberia aqui apenas uma breve citação das três variações de cativeiro, mais encontradas nas lojas, além do Paulistinha comum.
           Paulistinha véu – Listrado de azul e branco, só que com nadadeiras muito maiores, principalmente as pélvicas e peitorais, estas, chegando a ficar com dois terços do tamanho do corpo. As listras nas nadadeiras caudal e anal, formam lindos mosaicos, parecidos com o Fator Cobra dos Gupies.
          Paulistinha Ouro – Ele é uma gracinha, num fundo amarelo creme (machos) ou rosa (fêmeas) apresentam listras de amarelo prateado.
          Paulistinha Ouro véu – Igual a variedade acima, só que com nadadeiras em véu enormes também amarelas. Para manter bem estas variedades, é válido tudo que foi dito para a variedade comum.
REPRODUÇÃO
Para saber o momento certo para reprodução, note quando as fêmeas estiverem bem redondinhas, depois de um período (uns dois meses) de alimentação substancial com artêmias vivas. Coloque três fêmeas e cinco machos, num aquário montado assim: no fundo faça uma camada de cascalho de rio bem grosso ou com bolinhas de gude, com plantas tipo. cabomba ou elódea, presas nas bolinhas e uma pedra porosa, promovendo aeração leve. As bolinhas são para que os ovos caiam entre elas e evite que os pais comam os ovos. Com a correria que fazem no aquário quando nadam lado a lado, as fêmeas liberam os ovos e os machos os fecundam com espermas soltos na água. Mantenha uma lamina de água de uns 15 cm. Assim evita-se que os ovos ainda estejam flutuando quando os pais voltarem de mais uma volta pelo aquário. Alem das bolinhas ou cascalho grosso funciona também, fundo coberto de musgo-de-java que protege a desova de forma eficiente.
Apos o término da desova retire os pais e mantenha o aquário aquecido (27°C) e rigorosamente tampado. Os filhotes começam a aparecer 30 a 45 horas depois da desova. Para alimentar os filhotes utilize infusórios nas primeiras semanas. Aos 10 dias comece a utilizar náuplios de artêmia e a partir de um mês ração em flocos.
COMPORTAMENTO
Os Paulistinhas conseguem transformar qualquer aquário que seja, num playground. São bem pacíficos podendo assim ser mantidos em aquários comunitários.
Aqui vai algumas dicas de peixes que podem ser colocados juntos:
- Rásboras (qualquer espécie)
- Pequenos Barbus (Titeia, Sumatra, Oligoleps, Ouro, Nigrofasciatus e Conchônio)
- Platis
- Molinéias
- Lebistes (este sem barbus e os tetras)

- Kinguios
- Colisa Lalia
- Dânios
- Engraçadinho
- Mato Grosso
- Tetra Imperador
- Tetra Preto
- Tetra-cego
- Neons negros
- Tetra fantasma
- Tetra pingüim
- Rodóstomus
- Tanictis
- Corydoras
- Cascudos
- Limpa-vidros    
 
 

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