domingo, 21 de novembro de 2010

- Tetra Neon Cardinal




Neon Cardinal


O Neon cardinal (Paracheirodon axelrodi) é um dos peixes ornamentais mais conhecidos e utilizados no mundo aquarístico, sua fama se iguala à dos Kinguios (Carassius auratus), Bettas (Betta splendens), Lebistes (Poecilia reticulata), etc. Também por ser notoriamente conhecido, circulam muitos boatos e mitos a seu respeito, justamente por isso, este texto tem como objetivo esclarecer estes equívocos e oferecer informações sobre a ecologia e comportamento deste peixe de tamanha beleza.

Esta espécie foi descoberta por Hebert R. Axelrod na década de 50 e como uma forma de homenagem seu epíteto específico é axelrodi onde o "i" acrescentado dá a indicação de masculino.

Pertence à família Characidae, que é a mais complexa e numerosa da Ordem Characiformes, devido à complexidade da família não é possível caracteriza-la somente com atributos externos e facilmente observáveis. Via de regra apresentam o pré-maxilar não protátil e nadadeira adiposa normalmente presente.

Possui como característica principal a faixa neon, que percorre seu corpo horizontalmente e termina na base da nadadeira adiposa, e o ventre vermelho.

É de origem sul americana e está amplamente distribuído desde o Orinoco (Venezuela), pelo rio Vaupes e o norte e leste do rio Negro até o noroeste da Colômbia.

Vive em águas ácidas, cujo pH pode ser até menor que 4.0, quentes, moles e na maior parte escuras. O macho é menor, possui o ventre mais magro, retilíneo e apresenta uma pequena modificação no primeiro raio da nadadeira anal que se assemelha ao formato de um gancho ou anzol. Já a fêmea é o contrário é maior e possui o ventre volumoso, roliço, principalmente em época de desova. Podem atingir cerca de 5 cm quando adultos, são peixes cardumeiros e pacíficos e nadam à meia água e no fundo do aquário.

Qual a melhor alimentação para o Neon Cardinal?
Na natureza a espécie se alimenta de microcrustáceos e larvas de quironomídeos (Chironomidae, Diptera), enquanto ingestão de algas é pouco freqüente. Como são onívoros acabam comendo de tudo, então é importante acrescentar alimento vivo à sua dieta pelo menos uma vez por semana, podem ser daphnias, artêmias, enquitréias, larvas de mosquitos etc. Outra coisa necessária que muitos aquaristas acabam não fazendo é adicionar ração a base de vegetais / algas à sua dieta para oferecer uma maior variedade de nutrientes.

Como ocorre a reprodução? Já foi feita em cativeiro?
O neon cardinal é uma espécie ovípara, são considerados disseminadores livres, pois a fêmea libera os ovos na água e o macho nada em volta fertilizando-os. Os ovos eclodem em 19 a 20 horas quando mantidos em temperatura entre 25 e 27ºC, após três ou quatro dias da eclosão os alevinos já consumiram o conteúdo do saco vitelino e começam a nadar. O alevino possui uma glândula adesiva grande no topo da cabeça que o ajuda a se prender no substrato ou nas folhas de plantas. Isso evita que sejam arrastados pela correnteza e se dispersem ficando desprotegidos e tendo como consequência a morte por predação.

Entre os peixes desta espécie não ocorre o cuidado parental e a partir do momento em que os filhotes apresentam nado livre pode-se dar rações específicas para alevinos de ovíparos e alimentos vivos como náuplios de artêmia, conforme os filhotes forem crescendo alimentos vivos maiores podem ser oferecidos.

Os filhotes só começam a apresentar as cores características da espécie com aproximadamente duas semanas de vida. Recomenda-se usar filtro interno de espuma ou então colocar perlon na entrada de água do filtro externo para evitar sugar os filhotes quando em aquários próprios para reprodução. A partir do 6 meses de idade e pouco mais de 2cm de comprimento, os cardinais já estão aptos a reproduzir.

A reprodução do neon em cativeiro não é impossível como muitos dizem, apenas exige mais atenção aos parâmetros da água e cuidados com o aquário do que com os outros tetras, mas a maioria absoluta dos neons encontrados para a venda no Brasil são coletados diretamente da natureza. Na Europa e Ásia a reprodução deles em cativeiro já vem sendo praticada por anos.

Quais os melhores parâmetros para os Neons em aquários?
Apesar de serem encontrados em águas muito ácidas em certas épocas do ano, a melhor faixa de pH para se manter a espécie em aquários vai de 5.0 a 6.6. Por viverem em águas ricas em ácidos tânicos e húmicos, além do pH ácido, é importante manter a dureza da água o mais baixa possível.

Por serem encontrados em regiões quentes, a temperatura da água deve ser elevada, sempre acima dos 26°C e, apesar do calor, por serem encontrados (na maior parte) em águas mais escuras a iluminação do aquário não deve ser muito forte, ou então, se puder mantenha plantas de superfície para criar algumas áreas com mais sombra. Não que a iluminação forte dos plantados chegue a afetar muito o peixe, mas se quer que ele se sinta mais confortável é melhor uma intensidade menor.

Em relação ao tamanho do aquário, obviamente quanto maior melhor, mas aquários a partir de 50 litros já comportam um pequeno cardume.

Um aquário ideal para neons e que possibilitasse a tentativa de reprodução deles seria um biótopo monoespécie, que representasse um pequeno igarapé com água quente, ácida, mole, escura, cheio de galhos/troncos, folhas caídas pelo substrato, fundo de areia e água mais calma.

O Neon é um peixe muito sensível que morre a toa?
Não! Desde que tenha suas necessidades respeitadas é um peixe bem resistente, o problema é que ele percorre um belo trajeto (que será mais explicado ao final do texto) desde a captura até chegar ao seu aquário. Isso inclui dias sem comer, exposição a altas concentrações de amônia, variações bruscas de temperatura e outros parâmetros, estresse, manejo inadequado. Sem contar que logo que chega à loja pode acontecer de não passar por uma aclimatação correta sofrendo choque de temperatura e/ou de pH, ser colocado com outros peixes maiores e sofrer mais estresse ainda, ser exposto a outros peixes doentes, enfim... Um caso que aconteceu comigo dias atrás foi comprar neons e, ao abrir o plástico em que vieram para começar a aclimatação, descobri pelo teste de pH que na loja eram mantidos em 7.4!

Se ele sobrevive a tudo isso, extremamente sensível é certo que não é. Só que o aquarista compra o peixe já debilitado por passar por tanto problemas e com o sistema imunológico baixo, se não for feita uma correta aclimatação, as condições do aquário não forem próprias para ele, for exposto a mais doenças e estresse não é surpresa nenhuma que desenvolva alguma doença ou simplesmente morra "sem causa aparente".

Neons são peixes de cardume, se não lhes é dada esta condição, podem se isolar e parar de comer, com isso, o peixe que já não estava bem antes, agora tem seu sistema imunológico ainda mais deteriorado e pode morrer por inanição ou ser acometido por alguma doença.

E a tal Doença do Neon?
A chamada Doença do Neon Tetra ou Pleistophora é causada por um parasita esporozoário e, apesar do nome, não afeta somente os neons. Ataca a maioria da família dos tetras, ciclídeos como os Bandeiras, ciprinídeos como as Rásboras e Barbos e até mesmo os Kinguios.

É uma doença conhecida por sua rápida infestação e alta taxa de mortalidade, é causada pelo parasita Pleistophora hyphessobryconis e até hoje não se conhece uma cura para ela.

O ciclo da doença começa quando os esporos do parasita entram no peixe hospedeiro após o mesmo ter consumido alimento infectado como partes de um peixe morto ou alimento vivo. Uma vez dentro do peixe, o parasita se instala no trato intestinal, os embriões recém eclodidos dos esporos atravessam a parede do intestino e se instalam nos tecidos musculares produzindo cistos. Esses músculos que abrigam os cistos começam a morrer e o tecido necrosado se torna pálido, eventualmente ficando branco, o que explica a mancha clara característica nos animais infectados.

Alguns sintomas:

    * Agitação;
    * O peixe começa a perder a coloração;
    * O peixe apresenta dificuldade para nadar;
    * Em casos avançados a espinha dorsal do peixe pode se tornar curvada;
    * Podem aparecer infecções secundárias como nadadeiras roídas e bloat;
    * Conforme o cisto se desenvolve o corpo pode apresentar várias deformidades (pequenas massas sólidas, irregularidades);


Durante os estágios iniciais o único sintoma pode ser a agitação, principalmente durante a noite, é comum também o peixe infectado se separar do cardume. Eventualmente a natação se torna mais errática (irregular) e se torna bem óbvio que o peixe não está bem.

Conforme a doença progride, os tecidos musculares afetados começam a se tornar brancos, geralmente começando pelos músculos das áreas entre a faixa neon e a espinha dorsal. Quanto mais tecido muscular infectado maior é a mancha de coloração pálida. Os danos aos músculos podem causar a curvatura ou deformação da espinha, o que causa danos à natação. Não é incomum o peixe apresentar o corpo irregular causado pela deformidade dos músculos afetados pelos cistos.

Nadadeiras roídas, especialmente a caudal também não é incomum, entretanto, isso ocorre devido às infecções secundárias e não pelo resultado direto da própria doença causada pelo parasita. O bloat também pode ocorrer e é outro sintoma causado por infecções secundárias.

Qualquer peixe que apresente estes sintomas deve ser separado dos demais, sendo colocado em um aquário hospital para melhor observação já que existem outras doenças, causadas por bactérias, que podem apresentar sintomas semelhantes e possuem cura. Casos como estes inclusive podem dar uma falsa idéia de que o peixe tinha a doença do neon e foi curado, quando na verdade era uma bacteriose que ao ser tratada com algum antibiótico foi eliminada.

Como ainda não foi encontrada uma cura para esta doença, a prevenção é o melhor remédio! Não compre peixes de tanques que possuam outros peixes doentes ou mortos e peixes que não cardumeiam também são suspeitos. Além disso faça uma quarentena de peixes novos de 2 semanas e mantenha uma ótima qualidade da água para evitar qualquer queda no sistema imunológico dos peixes.

Já foram encontrados relatos de que o uso de remédios específicos contra protozoários, tais como Protozin, ajudaram a aliviar os sintomas da doença e que o uso de ácido Nalidixico – normalmente usado para tratar doenças causadas por organismos gram-negativos – também aliviou os sintomas da doença. Em ambos os casos, não houve nenhuma comprovação científica de que o tratamento realmente funciona e apenas se fala em aliviar sintomas, nenhuma cura foi documentada cientificamente ainda.


Como é feita a captura e manejo do peixe?
No Brasil, o principal centro fornecedor de peixes ornamentais é a cidade de Barcelos, o estado do Pará até possui alguma produção, mas em pequena quantidade. O neon cardinal é a espécie mais importante e representa 80% do volume comercializado.

O desenvolvimento dos peixes ornamentais ocorre principalmente nos igapós e igarapés da floresta, áreas total ou parcialmente inundadas. A melhor época para a captura é durante a vazante e seca dos rios.

Quando o pescador de peixes ornamentais (piabeiro) localiza um cardume, ele o conduz para o rapiché ou puçá, e os transfere para o interior de cestas de palha forradas com saco plástico, com a água do igarapé.

Depois de capturados, os peixes são levados para um acampamento, onde são montados viveiros no próprio rio. Depois disso, são levados para Barcelos e, seguem uma viagem de 30 horas até Manaus, nas lojas de exportadores os peixes são mantidos em instalações de quarentena até serem exportados.

A venda do Neon cardinal foi proibida pelo IBAMA?
Não, a venda não é proibida, até porque, como já foi citado acima, ele é a espécie que mais é comercializada. O que acontece é que durante os meses das cheias – de maio a julho – a pesca e comercialização do neon cardinal é suspensa pelo IBAMA para que a sua reprodução na natureza seja garantida. Mas durante o resto do ano ele é comercializado normalmente.










Créditos: http://www.sekaiscaping.com/2009/08/tetra-neon-cardinal-equivocos-e.html



terça-feira, 9 de novembro de 2010

- Aquário de Kinguios





OS KINGUIOS


Kinguios são peixes fascinantes e populares, são também chamados de Peixinhos Dourados ou Japonês e no mundo todo são conhecidos por Goldfish. A palavra kinguio traduzida do japonês significa “peixe vermelho”, ele é originalmente da China e pertence à família dos ciprinídeos, seu nome científico é Carassius auratus.
Esses peixes possuem milhares de tonalidades de cores e formação física, pois são muito criados por psicultores de todo o planeta, são facilmente encontrados em qualquer loja de aquários, mas existem kinguios de raças e tonalidades específicas, que possuem um preço bem mais elevado e não são encontrados assim tão facilmente.
O Kinguio é um dos peixes que mais sofre maus tratos, pois, quando novos possuem um preço muito baixo e por terem uma famosa fama de resistência, daí o motivo de serem indicados para quem está começando. Fala-se de tudo para vendê-los, desde de que adoram viver em aquários pequenos, redondos e sem filtragem, até que eles vivem tranqüilos alimentando-se apenas de migalhas de pão, uma inverdade, claro!!!.

ATENÇÃO, antes de tudo uma coisa deve estar bem clara na sua mente, peixe não “dura”, ele VIVE!!!! Então antes de comprar seu animalzinho, pense que ele vive muitos anos!!!!

O LAR DO SEU KINGUIO

O kinguio, é um peixe de água fria e isso deve ser respeitado. A maioria das pessoas, possui seus exemplares em aquáriosou lagos onde proporcionam maior espaço para eles se desenvolverem, vai de cada um, mas se você fosse pedir minha opinião, eu seria bem direto, mandaria você construir um lago, mas como disse, isso não é uma regra, eles podem viver perfeitamente bem em aquários.
O aquário deve ser o maior que você puder fazer, pois esses animais crescem bastante, além disso, ele deve ser bem largo e não muito alto. Uma dica,faça um investimento em um tanque adequado agora, não acredite naquele papo de “com o tempo você aumenta o aquário”, pois as coisas não são tão simples assim. Feito tudo isso, escolha o lugar da casa aonde será colocado o aqua, que deve ser um lugar resistente para o peso do tanque, sem muita incidência de luz solar e que não atrapalhe ninguém.

DECORAÇÃO DO AQUÁRIO

Kinguios são conhecidos como “porquinhos do aquário”, porque eles adoram mexer no substrato do aqua, sujando tudo, arrancando plantas e objetos de decoração, por isso, deve-se usar como substrato areião de rio, porque eles se engasgam com as pedrinhas tradicionais. Você pode colocar algumas plantas se desejar, mas não garanto que vão durar muito tempo, certamente serão arrancadas, deve atentar também, para as pedras maiores de decoração, kinguios são meio bobões, não tem muita agilidade e acabam se machucando em pontas mas agudas. NUNCA USE PEDRAS COLORIDAS, pois elas soltam tinta, prejudicando os animais. O ideal é um aquário bem espaçoso, sem obstáculos, para eles nadarem a vontade.


ÁGUA - TEMPERATURA – ILUMINAÇÃO
Kinguios devem ser colocados em um ph alcalino, até 7,5 está ótimo, gostam também da água dura. Eles possuem uma tendência a problemas na bexiga natatória, é interessante previnir esta doença com a manutençao adequada no aquario e alimentos de qualidade. Quanto à temperatura, como já foi falado anteriormente, kinguios são peixes de água fria, entre 10° e 20º é o ideal, é importante respeitarmos isto, por uma questão de metabolismo. Mas atenção, como qualquer peixe eles não suportam muitas oscilações de temperatura.
A iluminação pode ser normal, claro, se o aquário for só com os peixes, sem plantas, neste caso, serviria como decoração e simulação da natureza.

SISTEMA DE FILTRAGEM


Em um aqua de kinguios, um bom filtro se faz muito necessário. Filtros de placas de fundo devem ser evitados, pois estes animais sujam demais a água, o que iria comprometer o aqua em um futuro próximo. O ideal é ter um filtro externo com perlon e carvão ativado, com capacidade de 6 vezes o volume do aqua, além das TPA’S normais que todo o aqua deve ter.

ALIMENTAÇÃO
A alimentação pode ser a mais variada possível, kinguios aceitam bem artêmias salinas vivas, pedaços pequenos de carne de camarão do mar cru, coração de boi, além de alimentos em flocos em geral. No mercado existem muitas opções nacionais e importada, peça ajuda a seu lojista, ele saberá como proceder. Alimente-os de 2 à 3 vezes por dia, de maneira que não fique sobras e em uma quantidade que seja consumida em no máximo 5 minutos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Kinguios são animais dóceis e bobinhos, por isso é recomendável deixa-los somente com outros kinguios no aqua, pois outros peixes, como por exemplo, espadas e platys, mordiscam suas caudas, provocando estresse e ferimentos, que podem gerar problemas, nem Carpas são recomendadas, ainda mais que estas nem em aquário deveriam ficar.
Realize as TPA’S nos período corretos, pois elas são muito importantes, lembre-se kinguios sujam muito a água, principalmente com fezes e elas devem ser retiradas.
A CICLAGEM do aqua é muito importante, não pense que eles são diferentes por terem fama de resistentes, necessitam do período de ciclagem como qualquer outro peixe, deixe ciclar por 30 dias.
E o mais importante, de amor para seu kinguio, trate ele adequadamente, lembre-se que ele é um ser vivo e que vai viver por muito tempo, seguindo essas dicas, seu bichinho viverá tranqüilo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

- Guppy ou Lebiste

Lista Completa

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Cyprinodontiformes
Família: Poeciliidae
Género: Poecilia
Espécie: P. reticulata
pH: 7.2
Temperatura: 25º
Filtragem e aeração: normais
1 áquaruio de 40 litros já é suficiente para uma comunidade
(2 machos e 8 fêmeas).
A existência foi registrada em 1859, pelo cientista alemão Wilhelm Peters, no rio Guaira em Caracas, Venezuela.

Nomes populares

Guppy, Barrigudinho, Lebiste, Bandeirinha, Sarapintado, Peixe-Arco-Íris, Guaru-Guaru, Bobó, Rainbowfish, Missionaryfish, Millionenfisch e Buntfleckkaerpfling.

Origem

O Guppy ou lebiste (Poecilia reticulata) é um belo peixe ornamental de comportamento pacífico, originário da América Central e América do Sul.
Vive aproximadamente 2 anos.
Sendo um animal ovovivíparo da família dos poecilídeos.
O comprimento do macho adulto é de aproximadamente
5 centímetros e o da fêmea 7 cm.
No seu ambiente natural, na América do Sul e nas Caraíbas, o guppy é normalmente encontrado em populações isoladas, habitando pequenos riachos e lagos de diversos tamanhos.

Dimorfismo sexual:

As fêmeas, extremamente férteis e de maior porte, são menos coloridas do que os machos e não possuem a longa e maravilhosa cauda que caracteriza esta espécie.
O macho tende ser mais colorido que a fêmea que em geral apresenta um tom esbranquiçado. A fêmea é bem maior que o macho.
Assim como em outros vivíparos a fêmea possui uma nadadeira anal em forma de leque enquanto o macho possui um órgão sexual semelhante a um pequeno pênis.

Alimentação

Os Guppys podem ser alimentados várias vezes ao dia desde que seja em pequenas porções, o cardápio pode ser variado e incluindo alimentos vivos como por exemplo artêmias salinas ou enquitréias.
Se acha também no mercado alimentos congelados tipo artêmias congeladas ou bloodworms congelados.
Os alimentos industrializados também são bastante apreciados, mas sempre em pequenas porções.
Nunca deixe sobrar comida no fundo do aquário.

Variações

A variedade de padrões e cores é enorme entre as várias populações, inclusive, em linhagens albinas.
Os que partilham o seu habitat com espécies de peixes predadores têm normalmente cores menos vívidas, enquanto que os que não têm de lidar com esse problema têm cores mais exuberantes.
Na reprodução, os genes de peixes mais ou menos coloridos são favorecidos de acordo com este tipo de fatores.

Filhotes

Pode acontecer que entre os machos da espécie haja comportamento agressivo.
Os guppys criam de uma forma fácil, basta que o macho se interesse pela fêmea para fecundá-la.
Logo em seguida colocar a mesma numa maternidade de forma que quando os alevinos nascerem tenham logo local para nadar seguros.
O ideal é ter um aquário com muitas plantas para os filhotes se esconderem.
Eles podem ficar até 2 dias sem alimento, pois nascem com um saco vitelino.
Após esse período alimentá-los com infusórios.

Acidentes

Caso haja um acidente como, rasgar a cauda, não se preocupe ela se regenera naturalmente.
Num tempo diferente para cada individuo.
Mas fique atento, se realmente foi um acidente ou se ele esta sendo atacado!

Reprodução

São peixes vivíparos, seus filhotes já nascem nadando e comendo.
A cópula começa com o macho cortejando a fêmea e isto se dá com movimentos de corpo e da cauda onde os machos se mostram para a fêmea.
A fêmea tem um ciclo de gestação de aproximadamente vinte e oito dias. Com quatro meses os machos e as fêmeas já começam a se acasalar, por isso é aconselhável separar os filhotes depois deste tempo.
Dependendo da fêmea, se ela for uma matriz de boa qualidade, cada ninhada de filhotes pode chegar até 100 filhotes, mas a média é de cinqüenta filhotes.
Detalhes:
Quando atingem a maturidade são muito ativos sexualmente.
Os cruzamentos são constantes e uma fêmea pode produzir cerca de 100 filhotes a cada quatro semanas, embora o número fique normalmente em torno de 40 filhotes.
Com uma única fecundação, ela pode produzir várias outras posturas espaçadas, isso porque a fêmea tem capacidade de armazenar os espermatozóides no interior do seu oviduto por um longo tempo, podendo se reproduzir mais 5 ou 6 vezes, sem a ajuda do macho.
Cada postura atinge em média 30 a 70 alevinos, e 90% deles costumam sobreviver.
Ele vibra as nadadeiras dorsal e caudal se dobrando e introduz seu gonopólio no órgão genital da fêmea, fertilizando-a.
O período de gestação dos filhotes varia entre 22 e 25 dias.
Próximo ao nascimento o abdômen da fêmea se apresenta bem inchado e aparece perto da nadadeira anal uma mancha escura, "mancha da gravidez", que vai aumentando quanto mais cheia de alevinos estiver.
O ideal seria retirar a fêmea do aquário e colocarmos sozinha em outro, pois o canibalismo nessa espécie é muito comum.
Esse aquário (maternidade) deve estar cheio de plantas, pois são nelas que os alevinos se escondem quando nascem.

Fenótipos

No aspecto externo do peixe, vemos inúmeras variedades.
Não há dois exemplares selvagens com grandes semelhanças.
Variedades domésticas tem exemplares muito semelhantes, mas sempre cada peixe terá um pequeno detalhe, que o diferencie dos outros peixes.
Há um enorme número de tipos de combinações de nadadeiras e cores que variam de uma para outra linhagem.
A maior parte dos machos selvagens tem uma tendência a ter os raios superiores da nadadeira caudal maiores que os outros raios.
Nestes machos predomina o amarelo e o vermelho e os machos com tendência ao azul e ou ao verde tem a nadadeira caudal redonda.
As mais valorizadas e comuns são as leque, delta e bandeira.
As espadas, lira e espátula são menos freqüentes e geralmente fazem parte das ninhadas nas cores, preto e ou vermelho.
Os “cobras”, os leopardos, os fantasias e os vermelhos são geralmente deltas, mas com o comprimento menor.


Red Glass Albino (Fire Guppy)

Red Glass Albino (Fire Guppy)

Micropoecilia picta Red

Micropoecilia picta Red

Blue Medusa

Blue Medusa

Selvagem

Selvagem.

Blue Platin

Blue Platin

Tuxedo Albino

Tuxedo Albino

Tail

Tail


Super Red Albino




Lebiste Fire Albino




Lebiste Tuxedo Albino





Lebiste Red Grass Albino




Lebiste Millionenfisch



Lebiste Mozaikko




Lebiste Selvagem




Lebiste Metal Red Snake Skin




Lebiste Ribbon Purple Grass




Lebiste Cobra




Lebiste Tuxedo




Lebiste Red




Lebiste Red Glass




Lebiste Doteru




Lebiste Blue Glass




Lebiste Cobra Snake Skin


Lebiste Fêmea Selvagem

Lebiste Fêmea Selvagem



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

- Substratos para aquários de ciclídeos africanos ("Rift Lakes")

Tonalidades
Sob um ponto de vista prático, substratos detentores de tonalidades escuras X aquários em si, quanto ao quesito luminosidade, e a meu ver, tenderão por decrescê-la; inclusive, sob uma visão abrangente, contribuirão quanto ao decréscimo às noções dimensionais gerais dos mesmos... Também, sob uma análise geral, substratos em tons escurecidos, tenderão por “compactar” as dimensões de aquários que os abrigarem... Todavia, valiosos “panos de fundo” também virão a ser, quando empregados a destacar peças estruturais e exemplares detentores de colorações claras e/ou “luminosas”, e seus respectivos detalhes morfológicos...
Substratos em tonalidades claras oferecem luminosidade, destaque, noções dimensionais e porque não mencionar, amplitude. A realçar peças decorativas, exemplares, detentores de colorações escurecidas, satisfatórias opções serão.

Aspectos gerais
Em prol de hábitos particulares e típicos (naturais, endêmicos ou suas “heranças”), no que cerne às mais diversas espécies X suas manutenções e desenvolvimentos “perfeitos”, “eficazes” em cativeiro, alguns substratos (textura; granulometria; coloração; oferecimento quanto à luminosidades ou não...) poderão vir a serem preteridos em prol de outros. Todavia, válido e importante será comentar que, embora hábitos gerais existam, características individuais poderão desenvolver-se, bem como adaptações...

Propriedades
Substratos, em suas composições, oferecem propriedades diversas, e, nesse sentido, em prol de nossas necessidades, desejos, optaremos por alguns ou algum em detrimento de outros.

Neutros
Tais substratos compostos virão a ser por elementos não tendentes a alcalinizar e/ou endurecer nossas águas destinadas a aquários. Portanto, e uma vez que não busquemos auxílio, quanto à liberação de elementos químicos contribuintes na manutenção de durezas e/ou pH, tais substratos virão a ser “os objetos” de nossas escolhas.

Areia
Tais substratos tendem a compactar-se, repercutindo em reduzida circulação de água entre; repercutindo em diminuta formação “biológica aeróbica benéfica” entre; repercutindo no acúmulo de depósitos minerais, no acúmulo de nutrientes dissolvidos sob forma gasosa, no acúmulo de materiais orgânicos entre o sedimento e seus conseqüentes gases produtos decorrentes de putrefação que, quando também em acúmulos, tóxicos tornam-se (por exemplo, Gás Carbônico, Monóxido de carbono, Dióxido de nitrogênio, Sulfeto de hidrogênio, Metano...). Por conseqüência e uma vez valendo-nos quanto a tal “tipo” de substrato, tarefa nossa virá a ser revolvê-lo (muitas vezes contando com a contribuição de nossos exemplares "mexeriqueiros") de tempos em tempos. Tal medida promoverá auxílio quanto à circulação intersticial; auxiliará com respeito à liberação e utilização de nutrientes dissolvidos sob forma gasosa e de minerais; reduzirá o acúmulo de materiais orgânicos (e decorrentes gases objetos de suas decomposições); proverá alimento à infauna responsável pela manutenção cíclica do nitrogênio; estimulará o crescimento “bacteriano benéfico aeróbico” etc.     
Então, algumas dicas sobre como procedermos à manutenção de nossos aquários, eficazmente, com respeito a tal “tipo” de substrato:     
Em primeiro lugar, quanto à manutenção geral (em sentido facilidade, praticidade), o recomendado seria sua não disposição em estrutura muito espessa... Sugeriria “acarpetados” por volta de até uns 5 cm de altura. Em segundo lugar, com relação ao sifonamento do substrato. Devido à estrutura leve de tal material – e para que a atividade de sifonamento, empregada em manutenções de aquários, venha a ser eficaz, necessário far-se-á certo cuidado, no sentido de que consigamos remover detritos gerais presentes, sem que haja, ou minimamente haja, perda daquele “produto” (areia). Para que tal resultado venha ser obtido, necessário far-se-á não afundarmos ou mesmo encostarmos o bocal do sifão em nosso substrato uma vez que procedimentos em contrário, facilmente proporcionarão levantes e conseqüentes sucções de seus grãos. Se simplesmente aproximarmos o bocal à distância mínima de cerca de 1 centímetro da superfície de areia, teremos um resultado satisfatório, no sentido que detritos elevar-se-ão, sendo subseqüentemente conduzidos através da mangueira. Quanto a tal areia, no máximo, erguer-se-á a certa altura dentro do bocal, movimentando-se como uma pequena nuvem de pó, mas assentando novamente, tão logo elevemos um pouco nosso instrumento de trabalho.
Uma outra dica, quando detritos teimarem em vir a serem apreendidos por nossos equipamentos de sucções será, através de sucessivos e curtos movimentos mecânicos, frente e atrás, através de sacudidelas, por meio desses, provocarmos seus levantes forçados, e “voilà”, miremos, sobre tais detritos agora flutuantes, o sifão!     
Sifonar esse tipo de substrato não é, sob meu ponto de vista, procedimento trabalhoso; apenas exige um pouco mais de atenção e não desestímulo a um primeiro “erro”, devido à falta de prática. E o período quanto a tal atividade (semanal, quinzenal, mensal...)? Prefiro recomendar a cada aquarista – segundo a estrutura que mantém, a observação das necessidades de seu aquário individualmente.     
Em terceiro lugar, com respeito ao revolvimento de tal “tipo” de substrato. Tal procedimento, executado poderá vir a ser por meio de uma grande colher ou material similar em função; bombas de circulação voltadas ao substrato. Sua acumulação, facilmente por nós virá a ser observada, uma vez que tal região arenosa afetada, escurecida (cinzenta, enegrecida) tornar-se-á. Após revolvimento, coloração originária, quanto a tal localidade, disposição encontrará.
Durante a realização de tal ato, poderemos vir a sentir certos odores, por exemplo, similares aos de ovos podres, devido ao composto Sulfeto de hidrogênio (H2S), conhecido como “gás de esgoto”, uma vez que haverá liberação de acúmulo de gases, produtos da decomposição de materiais orgânicos.
Com respeito à periodicidade de tal procedimento, mesma linha de pensamento sigo à empregada quanto ao item anterior, ou seja, prefiro recomendar a cada aquarista que observe as necessidades de seu aquário individualmente, uma vez que na pendência estará de quesitos como, por exemplo, número de exemplares e espécies abrigadas, alimentação (qualidade e quantidade). A fim de oferecer um “norte”, a periodicidade poderia vir a ser quinzenal, mensal ou duo-mensal No que cerne a esse processo, revolvimento, a inclusão quanto à abrangência total do substrato far-se-á prudente. Se não em uma única ação, que “parceladamente”. Após tal realização, se necessário vier a ser, sifonamento, ao substrato, poderá ser praticado.     Por prudência quanto à preservação de nossos equipamentos X a prática de tais tarefas acima descritas, seus desligamentos far-se-ão convenientes.
Posteriormente a tais “complexidades” acima descritas, alguns pontos positivos, a fim de não provocar desestímulos quanto a seus empregos, posso vir a comentar sobre tal “tipo” de substrato:
Os exemplares pertencentes à família Cichlidae, oriunda dos “Rift Lakes” africanos, detentores de hábitos arquitetônicos, detentores quanto a comportamentos de pastagens, catas alimentares, parecem apreciar-los, parecem divertirem-se em muito com eles. Movem-lhes para um lado; jogam-lhes para outro; transportam-lhes à superfície e, posteriormente, como cascatas, libertam-lhes; “abocanham-lhes”, a fim de que restos alimentares possam vir a serem, maximamente, apreendidos.     
Com respeito a nossos gostos arquitetônicos (como aquaristas), substratos arenosos poderão vir a serem, também, muito agradáveis. Inclusive, em muitos aquários, formações interessantes e belas, tipo “dunas”, poderão vir a serem encontradas. Também, observarmos nossos exemplares agraciando-se, divertindo-se, desenvolvendo comportamentos tipicamente naturais, momentos preciosos e relaxantes proporciona-nos (ou não... Risos...). A quem se vale quanto a um sistema de filtragem “tipo” FBF, tal material, desaconselhado, de valia, não virá a ser.
Válido será comentar que inúmeras opções, quanto a tal produto, poderemos vir a encontrar... Tecerei referência às que acredito virem a ser mais comuns e facilmente localizadas em nosso país.

1 - Areia de construção
Trata-se de um material dos mais acessíveis quanto a custos.
Composição: Grãos incoerentes de minerais, no caso, detentores de propriedades que não interferirão quanto a durezas e/ou pH de nossas águas de aquários; e, em regra, extraídos são de rios, lagoas, lagos. Seu tamanho tende a não ser muito uniforme; também, delonga haverá quanto a sua limpeza.     
Particularmente, em um balde, valho-me com respeito a umas 10 a 15 conchas (daquelas utilizadas para servir sopa), de tal material, por vez. O procedimento consiste basicamente em encher o mesmo com água e, após alguns segundos (tempo concedido para que a areia, objeto de nosso interesse, assente), esvaziá-lo, dispensando-se, assim, as impurezas juntamente com a água. Contar com o auxílio de pressão da torneira de água e/ou equipamentos que ofereçam jatos e/ou uma colher, a fim de que a areia possa vir a ser remexida e a sujeira desprendida com maior facilidade, será de grande valor. Fervuras quanto a tais materiais, a fim de eliminarmos possíveis contaminações, medida válida e praticável poderá vir a ser, inclusive, seus mergulhos e manutenções, temporárias, em cloro. Variedade, quanto à granulometria, poderemos encontrar: Tipo fino, médio e grosso.

2 - Areião de rio
Seu tamanho tende a ser selecionado, portanto, uniforme; também, pouca delonga durará quanto a sua limpeza. Tal procedimento, mesma linha segue em respeito ao item 1, acima. Mais oneroso, em relação às areias utilizadas em construções, virá a ser o custo de sua aquisição. Todavia, encontradas em valores considerados, ainda, sob meu ponto de vista, acessíveis.

3 - Areia de filtro de piscina
Esta se trata, exclusivamente, das de grãos selecionados de quartzo (também conhecidos como “Areia de Sílica”). Seu tamanho tende a ser selecionado, portanto, uniforme; também, pouca delonga durará quanto a sua limpeza. Tal procedimento, mesma linha segue em respeito ao item 1, acima. Mais oneroso, em relação aos dois tipos de areias supramencionados (itens 1 e 2), será o custo de sua aquisição. Todavia, encontradas em valores considerados, ainda, sob meu ponto de vista, acessíveis.

4 - "Caribsea Tropic Isle Tahitian Moon Sand (Black Moon)"
Quanto ao custo, válido será tecer referência à onerosidade, em regra, de sua aquisição em nosso país. Seu tamanho tende a ser selecionado, portanto, uniforme; quanto à granulometria, poderemos encontrar a denominada extrafina. Também, pouca delonga durará quanto a sua limpeza.     
Embora redundante, afinal, já o classifiquei dentre os substratos considerados neutros, como se trata de um produto industrializado e um tanto quanto desconhecido em nosso mercado nacional, acreditei vir a ser válida a seguinte explanação: Tal material poderá ser empregado em quaisquer aquários, de águas doces ou águas salgadas, uma vez que não afetará suas durezas e pHs.

Cascalho
Em prol da facilidade e praticidade quanto à manutenção de nossos aquários, em razão de tal substrato, válido será a recomendação de um “acarpetado” não muito espesso. Sugeriria empregos por volta de até uns 5 cm de altura. Caso o sistema de filtragem empregado venha a ser o do “tipo” FBF, poderemos nos valer de espessuras similares entre 7,5 a 10 cm.     
Além de operações apenas nas superfícies dos cascalhos, sifonamentos poderão vir a serem eficazmente praticados, uma vez mergulhando nosso utensílio de trabalho entre os mesmos, inclusive, revolvendo-os. Tal prática buscará por, maior quantidade de restos, dejetos, eliminar. E o período quanto a tal prática (semanal, quinzenal, mensal...)? Prefiro recomendar a cada aquarista, segundo a estrutura que mantém, a observação das necessidades de seu aquário individualmente. No que cerne a esse processo de limpeza, a inclusão quanto à abrangência total do substrato far-se-á prudente. Se não em uma única ação, que “parceladamente”.
Há cascalhos em granulometria muito miúda, mesmas características, com respeito aos substratos de tipo arenoso, atribuídas serão, portanto, procedimentos similares, em manutenções, enfrentarão.     
Por outro lado, cascalhos em granulometria graúda tenderão por permitir passagens quanto a restos alimentares (tornando, muitas vezes, suas recapturas inacessíveis por parte de nossos exemplares) ou demais detritos gerais, portanto, e uma vez valendo-nos de seus empregos, tais fatos deverão ser considerados, no que cerne a compormos nossos esquemas com respeito a limpezas, manutenções gerais – a fim de que a qualidade de nossas águas de aquários não venham a ser deterioradas.     
Válido será comentar que inúmeras opções, quanto a tal produto, poderemos vir a encontrar. Tecerei referência às que acredito virem a ser mais comuns e facilmente localizadas em nosso país.

1 - Cascalho de rio
Depósito incoerente de material sedimentado; lascas de pedras. Variedade, quanto à granulometria, poderemos encontrar: Basicamente, tipo fino, médio e grosso. Seu tamanho tende a ser selecionado, portanto, uniforme; também, pouca delonga durará quanto a sua limpeza. Tal procedimento, mesma linha segue em respeito aos itens, nesse sentido, supracitados. Com relação a custos, sob meu ponto de vista, encontrado é em valores considerados acessíveis.

Alcalinos e Endurecedores
Tais substratos compostos virão a ser por elementos tendentes a alcalinizar e endurecer nossas águas destinadas a aquários. Por conseguinte, e uma vez que busquemos auxílio, quanto à liberação de elementos químicos contribuintes na manutenção de durezas e pH, tais substratos virão a ser “os objetos” de nossas escolhas.

Aragonita
Mineral ortorrômbico, Carbonato de cálcio, dimorfo com a calcita. Variedade, quanto à granulometria, que, em regra, poderemos encontrar facilmente, seria tipo 00 (“sugar size”) ou 01. Com respeito a colorações, diversificações existem (por exemplo, douradas, amareladas, amarronzadas, brancas, acinzentadas, prateadas) em concordância a minerais, compostos que, com esse, combinam-se, associam-se (por exemplo, enxofre, galena, filipsita, siderita, chumbo, calcita, fluorita, etc).     
Seu tamanho tende a ser selecionado, portanto, uniforme; também, pouca delonga durará quanto a sua limpeza. Tal procedimento, mesma linha segue em respeito aos itens já, acima, comentados nesse sentido. Quanto ao custo, válido será comentar que, sob meu ponto de vista, encontrado é em valores considerados acessíveis à razoavelmente acessíveis.

Aragonita coralina (Coral esmagado de aragonita)
Cito, exemplificativamente, o produto “CaribSea Florida Crushed Coral”. Quanto à tonalidade de tal produto industrializado: Comento que detentor é de coloração bege, castor. Produto disponível em sacos de 15 e 40 lb. Quanto ao custo, válido será tecer referência da onerosidade a nossa aquisição brasileira, em regra. Seu tamanho tende a ser selecionado, portanto, uniforme e “tipo” média e fina; também, pouca delonga durará quanto a sua limpeza. Tal procedimento, mesma linha segue em respeito aos itens já, acima, comentados nesse sentido.

Dolomita

Mineral trigonal, carbonato duplo de cálcio e magnésio. A substituição, nesse mineral, de magnésio por ferro é freqüente e ilimitada, chegando ao término, Ferrodolomita - CaFe(CO3)2. Variedade, quanto à granulometria, que, em regra, poderemos encontrar seria, basicamente, tipo fina, média e graúda.
Com respeito à colorações, diversificações existem (por exemplo, brancas, beges, rosas, cinzas, verdes, marrons ou pretas) em concordância à minerais, compostos que, com esse, combinam-se, associam-se (por exemplo, calcita, fluorita, enxofre, quartzo, ouro, barita). Seu tamanho tende a ser selecionado, portanto, uniforme; também, pouca delonga durará quanto a sua limpeza. Tal procedimento, mesma linha segue em respeito aos itens já, acima, comentados nesse sentido. Com respeito a custos, sob meu ponto de vista, encontrado é em valores considerados acessíveis à razoavelmente acessíveis.

Calcita
Mineral trigonal, Carbonato de cálcio. Com respeito àcolorações, diversificações existem (por exemplo, branca, amarela, vermelha, laranja, azul, verde, marrom, cinza, preta) em concordância à minerais, compostos que, com esse, combinam-se, associam-se (por exemplo, quartzo, galena, siderita, fluorita, dolomita, barita, pirita). Quanto à granulometria, tal mineral poderá vir a ser disponível em diversas. Como exemplo, posso vir a citar esse material sendo vendido em um produto industrializado de marca: “SeaChem Gray Coast Calcite” (substrato natural cinza). Disponível em pacotes relativos a 22 lb (10 kg).     
Seu tamanho tende a ser selecionado, portanto, uniforme; também pouca delonga durará quanto a sua limpeza. Tal procedimento, mesma linha segue em respeito aos itens já, acima, comentados nesse sentido. Quanto ao custo de tal produto industrializado, válido será tecer referência à onerosidade de nossa aquisição brasileira, em regra.

Mármore
Calcário metamorfizado e recristalizado. A mineralogia principal de tal material corresponde à calcita e dolomita; constituintes menores correspondem a quartzo, diopsídio, pirita, anfibólios etc. Comercialmente, classificadas são, como mármores, todas as rochas carbonáticas capazes de receber polimento. Sua composição mineralógica na pendência estará quanto à composição química do sedimento e grau metamórfico. Por conseguinte, variedades, com respeito a cores e texturas, encontram-se disponíveis (por exemplo, vermelho, negro, marrom, creme, bege, etc). Abaixo, citarei como exemplo desse material, dois cascalhos tipo miúdo.
Seu tamanho tende a ser selecionado, portanto, uniforme; também, pouca delonga durará quanto a sua limpeza. Tal procedimento, mesma linha segue em respeito aos itens já, acima, comentados nesse sentido. Quanto ao custo, válido será comentar que, sob meu ponto de vista, encontrado é em valores considerados acessíveis a razoavelmente acessíveis. Com relação à granulometria disponível, posso mencionar sua diversidade.

Halimeda
Tal material, utilizável em substrato, corresponde à alga seca, a pedaços, a fragmentos, quanto ao esqueleto calcário de alga marinha detentora de tal denominação, e caracterizada como integrante da Classe “Chlorophyceae” e Ordem “Siphonales”. Válido será comentar que, quanto a sua limpeza, delonga haverá, e, seu procedimento, semelhante virá a ser aos mencionados, anteriormente, com respeito a outros materiais. Devido à presença, em regra, quanto a restos de material orgânico, tratamento deverá sofrer previamente a sua utilização em aquário.     
Muito comuns virão a ser procedimentos como lavagens em águas doces correntes; manutenções em baldes ou recipientes similares e detentores de água doce com água sanitária; posteriores exposições ao sol, visando por proporcionar limpezas, propiciar remoções de quaisquer resíduos orgânicos permanentes em tais objetos. A exposição ao sol ou o emprego de água desclorada, finalidade encontrará, também, quanto à remoção eficaz de vestígios de cloro, uma vez empregados pelo aquarista, quanto à limpeza de tais peças. Por fim, com o objetivo de averiguação quanto à eficiência dessa limpeza, e anteriormente à valência definitiva de tal material ao aquário, recomendo, por alguns minutos, seu mergulho em um recipiente com água e posterior teste de amônia, com respeito a essa que o manteve. Uma vez, através de tal teste, permanecendo a água de torneira em boa qualidade, nossos substratos poderão vir a serem empregados no aquário. Caso contrário, repetições quanto a limpezas, virão a tornarem-se necessárias.     
Outro método empregado, quanto à remoção do material orgânico de tal objeto, poderá ser executado no próprio aquário, dizendo respeito à inserção de halimeda, segundo o propósito a que adquirida foi, ou seja, servindo como substrato, equipamentos e enchimento de água. Pronta a montagem, tempo de ciclagem deve ser oferecido, dando ensejo à formação de nicho biológico e “cura” da água. Com intento de que excessos possam vir a serem retirados, quanto à carga orgânica, trocas parciais poderão ser praticadas. Com respeito a custos, sob meu ponto de vista, encontrada em valores considerados acessíveis é.

Conchas
Correspondem a uma carapaça que cobre os corpos de alguns moluscos; parte dura do organismo. Válido será comentar que sua morfologia é variável.     
Sua composição mineralógica também é variável: Seu componente majoritário corresponde a CaCO3 (93 – 96%), sob a forma de calcita e/ou aragonita; MgCO3 também parte faz de sua constituição. No caso dos cefalópodos, chega a 6%; enquanto que no resto dos grupos, não supera 1%; inclui-se Sulfato cálcico ou bem Fosfato cálcico; também elementos metálicos, como o manganês, poderão vir a compor sua constituição. Além da composição mineralógica, em conchas encontramos materiais, substâncias orgânicas (em maioria de natureza protéica, porém, também há constituição de glucídeos), chamadas por Conchiolina.
Portanto, devido à presença quanto a material orgânico, tratamento deverá sofrer previamente a sua utilização em aquário. Sendo esse procedimento, de mesma linha ao indicado à Halimeda. Com respeito a custos, sob meu ponto de vista, encontradas são em valores considerados acessíveis. Com relação à granulometria disponível, posso mencionar sua diversidade.

Corais mortos esmagados
A parede calcária dos corais consiste de muitos cristais independentes, de aragonita ou calcita, com conteúdo alto em magnésio. Podemos encontrar, à aquisição, formas esmagadas ou trituradas (tipo areia).     
Também, com relação a tal substrato, devemos considerar restos quanto a materiais orgânicos, portanto, e sendo o caso, lavagens, conforme já mencionadas em circunstâncias similares supras, virão a ser convenientes.
Com respeito a custos, sob meu ponto de vista, encontrado é em valores considerados acessíveis à razoavelmente acessíveis.

"Caribsea African Cichlid Mix (African Cichlid Mix)"
Descrição quanto ao produto, substrato estruturado e designado à manutenção de ciclídeos. Nova fórmula derivada de Carbonato de cálcio detentor de coloração escura (+ traços elementos). Seu uso também poderá vir a ser recomendado a exemplares de água doce e água pesada, bem como exemplares de águas salgadas. Disponível em sacos correspondentes a 20 e 50 lb. Quanto ao custo, válido será tecer referência à onerosidade de nossa aquisição brasileira, em regra. Seu tamanho tende a ser selecionado, portanto, uniforme; também pouca delonga durará quanto à sua limpeza.

"Caribsea Rift Lake Autentic"
Autêntico substrato dos Rift Lakes. Disponível em sacos correspondentes a 50 lb. Pouca delonga durará quanto a sua limpeza. Quanto ao custo, válido será tecer referência à onerosidade de nossa aquisição brasileira, em regra. Granulometria típica miúda/média.

"Eco-Complete African Cichlid Substrate (Caribsea)"
Descrição quanto ao produto, pacote contendo água, mantenedor quanto a “bactérias purificadoras”, o que proporcionará, em novos aquários, ciclagem mais segura e rápida. Sua formulação contém aragonita, cálcio, magnésio, carbonatos. Quanto à granulometria, comento que se trata de um material tipo fino (areia); e detentor de coloração preta e branca. Disponível em sacos correspondentes a 20 lb. Tal produto não deve vir a ser precedido, à inclusão em aquários, de lavagens. No mercado, à venda encontra-se textura, com respeito a tal material, em cascalho também.

Cascalho mineiro
Tal produto composto é pela mistura de diversos minerais, incluindo, em regra, dolomita. Seu tamanho tende a ser selecionado, portanto, uniforme; também, pouca delonga durará quanto a sua limpeza. Quanto ao custo, válido será comentar que, sob meu ponto de vista, encontrado é em valores considerados acessíveis à razoavelmente acessíveis.     
Com relação à granulometria disponível, posso mencionar sua diversidade, em regra, tipo fina e tipo média. Quando tal denominado substrato incluir mineral detentor de propriedade alcalinizante, efeitos no que cerne à elevação de pH, ligeiramente, em regra, considerados, observados serão. Quanto a durezas X valência de tal produto, não tenho experiência no que cerne a sua alteração significativa.

Granito
Corresponde ao equivalente intrusivo, de granulometria grossa, dos riolitos. Riolitos são rochas vulcânicas félsicas que tipicamente contém minerais do tipo feldspato alcalino (sanidina), quartzo, plagioclásio (oligoclásio), clino e ortopiroxênios, biotitas, anfibólios, óxidos de Fe-Ti, olivina e esfeno. Quimicamente, os riolitos são enriquecidos em SiO2 (em torno de 72-75%), Na2O e K2O e conteúdos baixos de MgO, FeO e CaO.



- Ciclídeos Africanos - Alimentação

Nem todos os CAs (Ciclídeos Africanos) alimentam-se da mesma forma, suas exigências nutricionais podem variar de acordo com a categoria que ocupam: predadores, onívoros e herbívoros. Para os predadores, uma alimentação variada com base em altos níveis de proteína é bastante adequada. Para os onívoros, uma alimentação que tenha por base proteínas e vegetais é muito adequada, afinal são peixes que aceitam se alimentar de tudo, vamos dizer assim. Uma boa diversidade de alimentos, ou seja, um pouco de tudo é o ideal.
Para os herbívoros propriamente ditos, o adequado seria uma alimentação com base vegetal.    
Existe ainda, vamos dizer assim, uma subcategoria dentro da categoria dos herbívoros. Esta é composta de herbívoros que se alimentam principalmente de vegetais. Principalmente de vegetais quer dizer que, como complementação de sua dieta, podemos fornecer comidas que possam conter altas quantidades de proteína animal. Como por exemplo os booldworms, microworms, tubifex, dáfnias... Contudo, vale lembrar que tal alimentação deve ser oferecida esporadicamente, somente como complemento. A base é uma alimentação vegetal.    
Para CAs propriamente herbívoros, oferecer alimentação com altas quantidades de proteína animal não é recomendado. Nem como complemento. Para os CAs herbívoros propriamente ditos, rações seguras são as que têm, predominantemente, base vegetal. Spirulina é um bom exemplo...
E por que tudo isto? O que uma alimentação inadequada pode causar?
CAs têm o trato digestivo muito sensível. Facilmente nele poderão adquirir enfermidades devido à decomposição de alimentos inadequados, através da digestão e da excreção. Além do que foi dito, outras observações podem ser dadas para se evitar uma alimentação inadequada aos CAs.
Não oferecer grandes quantidades. O oferecimento em grande quantidade vai estufar o peixe, podendo provocar irritação estomacal e até explosão do mesmo... E isto com certeza não é legal! Imaginemos que comêssemos sem parar até o nosso limite ou um pouco mais além dele... O que aconteceria? Com certeza não iríamos nos sentir bem, poderíamos ter azia, vomitarmos e até mesmo ter complicações mais graves... Assim, pequenas quantidades devem ser oferecidas várias vezes ao dia.    
Para alimentar os CAs com comida congelada, primeiro a descongele totalmente e depois a separe em pedaços pequenos. Pedaços muito grandes, que possam empanturrá-los, prejudicando seu aparelho digestivo sensível, não são bem vindos. Não esquecendo de oferecer pouca quantidade mais vezes ao dia.    
Para darmos rações em forma de bolinhas aos CAs, algumas precauções devem ser tomadas. Tais rações tendem a inchar quando expostas a líquidos. Assim, se os CAs as comerem antes de totalmente infladas, elas com certeza começarão a inchar no próprio aparelho digestivo deles, e como comentei anteriormente, por eles terem o trato digestivo bastante sensível, o segredo é não empanturrá-los e fornecer uma alimentação correspondente às suas necessidades... Desta forma, distensões, irritações, e até casos mais graves, como rompimento de alguns órgãos, poderão ser evitados. Para utilizarmos rações em bolinhas, primeiro é necessário que as deixemos inchar totalmente em um outro lugar, para somente depois dá-las a nossos CAs.    
Observação: Para inflar tais rações, utilize água tratada. Ou seja, com um vasilhame pequeno, retire um pouco de água do aquário e coloque as bolinhas para inchar. Só depois de totalmente inchadas ofereça a seus CAs.    
Flocos é o alimento ideal, pois promovem digestão rápida e, desde que dados em poucas quantidades por vez, não estufam ou fartam o peixe.    
Agora você deve estar se perguntando: "Qual a melhor dieta para meus Ciclídeos Africanos?" Para isso, segue abaixo uma lista dos principais gêneros e suas dietas.

1) Quanto ao Lago Victoria, serão citados 3 gêneros que, ao meu ver, são os mais conhecidos :
  • Haplochromis: herbívoros principalmente, mas que aceitam complementações com base em altos níveis de proteína animal.
  • Nyererei: predadores
  • Astatotilapia: onívoros

2) Quanto ao Lago Malawi, primeiramente as espécies serão divididas em Mbunas e Não Mbunas:

Dentre os Não-Mbunas, vou citar os seguintes gêneros que, a meu ver, são os mais conhecidos:
  • Aulonocaras: predadores
  • Copadichromis: predadores
  • Cyrtocara: predadores
  • Dimidiochromis: predadores
  • Nimbochromis: predadores
  • Otopharynx: predadores
  • Aristochromis: predadores
  • Bucchochromis: predadores
  • Champsochromis: predadores
  • Chilotilapia: onívoros
  • Copadichromis: predadores
  • Cytocara: predadores
  • Dimidiochromis: predadores
  • Exochochromis: predadores
  • Fossorochromis: predadores
  • Maravichomis: predadores
  • Nimbochromis: predadores
  • Nyassachromis: predadores
  • Otopharynx: predadores
  • Placidochromis: predadores
  • Protomelas: predadores
  • Sciaenochromis: predadores
  • Taeniochromis: predadores
  • Tyrannochromis: predadores

Dentre os Mbunas:
  • Cyahtochromis: herbívoros totalmente
  • Cynotilapia: onívoros
  • Genyochromis: predadores
  • Gephyrochromis: herbívoros totalmente
  • Iodotropheus: onívoros
  • Labeotropheus: herbívoros totalmente
  • Labidochromis: herbívoros principalmente, mas que aceitam complementações com base em altos níveis de proteína animal.
  • Maylandia: herbívoros totalmente.
  • Melanochromis: herbívoros principalmente mais aceitam complementações com base em altos níveis de proteína animal.
  • Metraclima: onívoros
  • Petrotilapia: herbívoros totalmente
  • Pesudotropheus: herbívoros totalmente


3) Quanto ao Lago Tanganyika:
  • Altolamprologus: onívoros
  • Aulonocranus: onívoros
  • Asprotilapia: onívoros
  • Astatotilapia: onívoros
  • Baileychromis: onívoros
  • Benthochromis: onívoros
  • Boulengerochromis: onívoros
  • Callochromis: onívoros
  • Cardiopharynx: onívoros
  • Ctenochromis: onívoros
  • Cunningtonia: onívoros
  • Cyathopharynx: herbívoros somente
  • Chalinochromis: onívoros
  • Cyphotilapia: onívoros
  • Cyprichromis: onívoros
  • Xenotilapia: onívoros
  • Eretmodus: herbívoros principalmente, mais aceitam complementações com base em altas níveis de proteína animal.
  • Ectodus: onívoros
  • Enantiopus: onívoros
  • Greenwoodochromis: onívoros
  • Gnathochromis: onívoros
  • Julidochromis: onívoros
  • Lamprologus: onívoros
  • Lepidiolamprologus: onívoros
  • Limnochromis: onívoros
  • Limnotilapia: onívoros
  • Microdontochromis: onívoros
  • Neolamprologus: onívoros
  • Ophthalmotilapia: onívoros
  • Oreochromis: onívoros
  • Paracyprichromis: onívoros
  • Perissodus: onívoros
  • Petrochromis: onívoros
  • Pseudosimochromis: onívoros
  • Reganochromis: onívoros
  • Simochromis: onívoros
  • Tangachromis: onívoros
  • Tanganicodus: onívoros
  • Telmatochromis: onívoros
  • Trematochromis: onívoros
  • Triglachromis: onívoros
  • Tropheus: estritamente herbívoro
  • Tylochromis: onívoros
  • Variabilichromis: onívoros
  • Xenochromis: onívoros
  • Xenotilapia: onívoros
 

4) Outros Ciclídeos Africanos:
  • Pelvicachromis ( gênero este do qual o Kribensis faz parte): onívoros

- Ciclídeos Africanos - O Básico













A família Cichlidae sempre despertou um grande fascínio no mundo do aquariofilismo, talvez pelo comportamento peculiar ou então pelo colorido exuberante de seus membros, dentre eles, ao longo dos anos, os ciclídeos originários dos lagos africanos se tornaram alvos da admiração e dedidação de aquaristas de todo o mundo, sendo os peixes que mais se aproximam dos coloridos peixes marinhos, mas manter um aquário de Ciclídeos africanos, requer certas atenções especiais, que não são observadas em outros tipos de aquários, então vamos saber o que é necessário para se obter sucesso na manutenção desses famosos peixes, da maneira mais simplificada possível.

QUANTO AO PH E ÀS DUREZAS
:
Para um aquário composto por habitantes do Lago Tanganyika, devemos manter o pH aproximado entre 8,5 a 9,2. Quanto à dureza total, ela deverá variar entre 11 a 17 dH, e a dureza em carbonatos, entre 16 a 19 dH.    
Para montarmos um aquário com habitantes do Lago Malawi: Quanto à composição química da água com relação ao pH, deveremos ter uma variação entre 7,5 a 8,5. Quanto à dureza total da água, esta poderá encontrar-se entre 4 a 6 dH. Enquanto que dureza em carbonatos poderá encontrar-se por volta de 6 a 8 dH.    
Para quem quiser montar um aquário com os habitantes do Lago Victoria, o pH da água deverá encontrar-se, em média, entre 7,5 a 8,5. Sua dureza em carbonatos deverá variar entre 2 a 8 dH, enquanto que sua dureza total poderá variar entre 4 a 6 dH.
Contudo, uma observação é válida: a maioria dos Ciclídeos Africanos é bastante flexível com relação as suas preferências quanto às Durezas da água, especialmente se foram criados em cativeiros. Todavia, dificuldades poderão ocorrer quanto à procriação de algumas espécies se os padrões de Durezas não corresponderem aos presentes em seus habitats naturais.    
Outra observação pode ser feita. Embora não sejam rigorosos os critérios quanto às Durezas, também é sabido que se estas forem mais ou menos seguidas, proporcionarão às espécies cores mais vivas e brilhantes, maior expectativa de vida, maior resistência a doenças e um desenvolvimento em geral mais adequado.

DIMORFISMO/DICROMATISMO:
Em várias espécies, normalmente o macho é maior e possui coloração mais vistosa que a fêmea. Entretanto, enquanto alevinos, todos possuem a coloração da fêmea, não sendo possível distinguir o sexo pela cor. Somente quando juvenis, ou mesmo adultos em algumas espécies, é que a cor definitiva aparecerá. Em algumas situações, entretanto, um macho adulto poderá tomar a cor da fêmea. Por exemplo, quando um macho não dominante está sendo seguidamente molestado/atacado pelo dominante (não necessariamente da mesma espécie), o primeiro pode adquirir a coloração da fêmea da espécie, camuflando-se como proteção. O modo correto de distinguir o sexo é verificando os canais genitais, que nas fêmeas são maiores e mais arredondadas (para facilitar a desova). Alguns criadores distinguem os machos pelas nadadeiras mais pontiagudas. Este método, porém, além de subjetivo, não é visível em alevinos e juvenis.


AGRESSIVIDADE:
Quase todas as espécies são territoriais e intolerantes com (pelo menos) sua própria espécie. Em algumas espécies mesmo as fêmeas mostram comportamento territorial (M. chipokee e M. auratus, Ps. lombardoi...). Às vezes a agressão do macho é diretamente contra algum peixe de coloração semelhante (especialmente entre Aulonocaras). Alguns Neolamprologus do complexo brichardi são mais tolerantes entre si e podem inclusive formar colônias hierárquicas baseadas no corporativismo, se o aquário tiver espaço suficiente para comportá-los.


REPRODUÇÃO:

Sendo todos ovíparos, as fêmeas dos ciclídeos africanos desovam na água, sendo em seguida fecundados pelo macho no próprio substrato.

 
Desova (Spawning)
Se a água, a comida e a filtragem estiverem dentros dos parâmetros ideais, os ciclídeos africanos desovarão com frequência. Os Mbunas começam a desovar a partir dos 7 meses de vida. Algumas espécies chegam a desovar mensalmente. O macho prepara a toca e corteja a fêmea. Neste período tendem a ficar mais agressivos.
 
Incubação Bocal (Mouthbrood)
Em algumas espécies (Mbunas, por exemplo), as fêmeas carregarão os ovos fertilizados em sua boca e os incubarão. As larvas chocarão após 14-21 dias. Quando estes chocarem (10-30 larvas), ainda permanecerão durante 18-25 dias (dependendo da espécie e da temperatura). Quando os alevinos alcançarem cerca de 1 cm, estarão aptos a alimentar-se e a nadar livremente. Quando as fêmeas carregam ovos, recusam-se a comer (característica que pode ser confundida com a doença hidropsia); sua boca parece cheia, fazendo movimentos de mastigação frequentemente.
 
Crescimento dos Alevinos
Para um crescimento saudável e eficaz, as trocas parciais deverão ser mais frequentes e a quantidade de proteína animal (artêmias) deve ser maior (70% vegetal, 30% artêmias). A temperatura deve ficar entre 28-29°C para aumentar o metabolismo e o apetite.


QUANTO À ALCALINIZAÇÃO E AO ENDURECIMENTO DA ÁGUA:
Para alcalinizar e endurecer a água do aquário, deixando-a própria aos Ciclídeos Africanos, você poderá optar por:
a) utilizar um substrato que proporcione a alcalinização da água;
b) utilizar rochas que proporcionem a alcalinização da água;
c) utilizar produtos químicos.

Aqui vale uma observação: o aquarista poderá utilizar apenas 1 desses 3 artifícios, 2 desses 3 artifícios ou mesmo os 3 artifícios ao mesmo tempo. Não haverá problema algum nessas mesclas. O que deverá ser levado em conta é a qualidade da água ideal para constituirmos um habitat saudável para nossos Ciclídeos Africanos.

QUANTO AO SUBSTRATO
:
Quanto ao substrato, o aquarista poderá optar por dois tipos:
a) os neutros, ou seja, que não alcalinizarão a água.
Estes poderão ser: - Areia de piscina
- Pedras de rio em forma de substrato, com qualquer tipo de granulometria.

Obs.: Se os seus Ciclídeos Africanos apreciarem mexer ou cavar muito no substrato, e você se incomodar com isto, o melhor será optar por um substrato mais graúdo, pois só assim a decoração tenderá a ficar no lugar.

b) os que especificamente alcalinizam e endurecem a água. Entre as inúmeras variedades que existem, pode-se citar algumas mais comuns: - African Cichlid Mix: substrato específico para Ciclídeos Africanos que alcaliniza e endurece a água;
- Halimeda (esqueleto calcáreo de algas marinhas): alcaliniza e endurece a água;
- Aragonita (mineral composto em sua fórmula por Carbonato de cálcio) em granulometria ideal para compor substratos: alcaliniza e endurece a água;
- Dolomita (mineral composto em sua fórmula por Carbonato de cálcio e Carbonato de magnésio) em granulometria ideal para compor substratos: alcaliniza e endurece a água, porém com o tempo perderá estas suas propriedades. Devendo ser assim, substituída por um novo substrato dolomita.
- Conchas (invólucro duro e calcáreo de certos animais, principalmente moluscos) pequenas ou moídas: alcalinizam e endurecem a água, porém com o tempo perderão estas suas propriedades. Devendo ser assim, substituídas por um novo substrato de conchas.

E QUANTO À QUANTIDADE DE SUBSTRATO: este poderá alcançar no aquário, em média, uns 5 a 7 cm de altura.

QUANTO À DECORAÇÃO:
É importante que os aquários montados para abrigar as espécies de Ciclídeos Africanos, contenham rochas. E por que isto? Porque em seu habitat natural, os Ciclídeos Africanos habitam áreas com um relevo montanhoso e rochoso. Portanto, paredões, aglomerados, ou tudo nesse sentido que sua imaginação puder construir, serão muito bem-vindos e apreciados por estas espécies. E quais os tipos de rochas adequadas? Citemos alguns exemplos, mas as variedades são muitas:
  • Seixos de rio, que proporcionam um pH neutro;
  • Pedras calcáreas em geral, que alcalinizarão e endurecerão a água.
E por que tais pedras têm estas propriedades? Porque são constituídas de Carbonato de cálcio e/ou de Carbonato de magnésio, sob a forma de Calcita, Aragonita ou Dolomita.    
Citemos alguns exemplos mais comuns destas pedras: a própria pedra Dolomita, a própria pedra Aragonita, o Mármore, o Alabastro, a Marga, etc.
Uma dica: Para que as rochas, posteriormente, não desmontem dos aglomerados que viermos a construir com elas, poderemos colá-las, umas às outras, com silicone próprio para o uso em aquários. Assim, pouparemos trabalho nosso na construção de tais tocas novamente, evitaremos quaisquer rachaduras nos vidros que os seus desmoronamentos poderão vir a causar, bem como possíveis ferimentos nos peixes.
Além das inúmeras variedades, confeccionadas para todos os gostos, de decorações neutras normalmente utilizadas em aquários de água doce comuns, e que também poderão fazer parte da decoração de aquários para Ciclídeos Africanos, existem aquelas que poderão ser utilizadas, além da finalidade de embelezamento do aquário, com o intuito de proporcionar alcalinização e endurecimento de sua água. Podemos citar como exemplos: objetos para aquários que contenham Halimeda, objetos para aquários em cimento (pois o cimento corresponde a um pó que é obtido com a trituração de calcáreos), conchas, etc. Corais mortos poderão também fazer parte de nossa decoração.

QUANTO À ALCALINIZAÇÃO E ENDURECIMENTO POR MEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS:
Para alcalinizarmos a água:
a) Poderemos utilizar produtos especializados no mercado para isto, denominados de alcalinizantes;
b) Ou, além desta primeira opção, poderíamos utilizar Carbonato de sódio ou Bicarbonato de sódio (que é obtido a partir da reação de Gás carbônico com Carbonato de sódio).
Para aumentarmos a dureza total:
a) Poderemos utilizar sais específicos para Ciclídeos Africanos;
b) Ou poderemos aumentar a dureza em carbonatos e/ou a dureza em não carbonatos da água. Pois ambas, juntamente, compõem a chamada dureza total.
E para aumentar a dureza em não carbonatos: poderemos utilizar Sulfato de cálcio e/ou Sulfato de magnésio.
E para aumentar a dureza em carbonatos:

a) Poderemos utilizar Carbonato de cálcio (ou Bicarbonato de cálcio) e Carbonato de magnésio (ou Bicarbonato de Magnésio).
b) Ou, preferindo, poderemos utilizar algum produto tamponador industrializado, à venda no mercado de aquarismo.

Obs.: Um mesmo valor na escala de Dureza total poderá ser alcançado através de mais de uma combinação, quanto à quantidade, desses sais de Sulfatos e Carbonatos na água.
A dosagem para aplicação desses sais não é certa. Portanto, aplique-os aos poucos e vá medindo as alterações até que estas alcancem a escala desejada. Por precaução, não realize mais do que uma alteração por dia.

QUANTO À FILTRAGEM:
O sistema de filtragem ficará ao gosto do aquarista. Contudo, o ideal é a utilização de uma filtragem que rode 5 a 7 vezes por hora o volume total do aquário.    
Uma observação: a qualidade da água é muito importante, melhor dizendo: é ESSENCIAL. Pois é dela que o animal dependerá 24 horas por dia, 360 dias por ano, para sua sobrevivência, adequado desenvolvimento e manutenção. Portanto, para que a qualidade da água estabeleça-se e um ecossistema saudável possa ser mantido, entre outros fatores, necessária será uma boa filtragem.

QUANTO À MANUTENÇÃO:
Manter um aquário com Ciclídeos Africanos não exigirá do aquarista maior trabalho ou mais "dificuldades" do que a manutenção de um aquário “normal”. E quando se fala isto, quer-se dizer:
a) que trocas, exatamente como são feitas em outros tipos de aquários, deverão ocorrer semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, e nas proporções correspondentes à vontade e ao gosto do aquarista, ou em relação à necessidade particular que cada aquário contém;
b) que a água para reposição deverá ser desclorada ou condicionada (com um produto que retire o cloro, cloramina e qualquer metal pesado que a água venha a possuir) e devidamente equilibrada, conforme os parâmetros do aquário, quanto ao pH e às durezas;
c) que a limpeza dos vidros, pedras ou objetos, para fins estéticos, deverá ser realizada toda vez que, ali, houver algum aparecimento de algas.
Por falar em algas, vale à pena comentar: é “lenda” dizermos que aquários onde são mantidos Ciclídeos Africanos, propiciam o surgimento das mesmas. O surgimento de algas nada tem haver com o tipo de peixe criado num aquário, e sim com excessos de exposições à luz, solar ou artificial, deficiências de uma forma geral com relação à conservação ou manutenção do aquário, excessos na alimentação das espécies, ou mesmo com relação à quantidade de peixes no aquário mantida. QUANTO À ILUMINAÇÃO:    
Necessária não será uma iluminação durante longos períodos, bastando 2 a 3 horas de incidência de luz nos aquários de Ciclídeos Africanos. Pois em seus habitats naturais, a média de incidência de luz solar direta corresponde a esta mesma quantidade supra-referida.     A quantidade de Watts a ser utilizada pode ser pouca. A regra geral de mais ou menos 1 Watt por litro não é necessária, contudo, se o aquarista assim desejar, poderá ser utilizada. O critério com relação à quantidade de luz ficará mais ao gosto do próprio aquarista.    
O tipo e a tonalidade das lâmpadas poderão ser quaisquer, ficando também ao gosto particular esta escolha.    
O aquarista também poderá utilizar, ao invés de lâmpadas, a iluminação natural, ou seja, poderá deixar o aquário em um local iluminado. A partir daí, quando for dia o aquário terá claridade e quando for noite, não.

QUANTO À TEMPERATURA:
  • Para um aquário com habitantes do Lago Malawi, a temperatura deverá em média estar entre 23 a 28° C.
  • Para um aquário com habitantes do Lago Tanganyika, a temperatura deverá variar em média entre 23 a 27° C.
  • Para um aquário composto por habitantes do Lago Victoria, a temperatura poderá variar entre 23 a 28° C.
QUANTO À UTILIZAÇÃO DE PLANTAS:
Quaisquer plantas poderão ser utilizadas num aquário que comporte Ciclídeos Africanos, desde que consigam resistir aos níveis de pH e durezas específicos a esta Família.    
Também a flora necessitará ser resistente, pois muitos Ciclídeos Africanos adoram cavoucar, mexer ou mesmo empilhar o substrato. Portanto, para que as plantas não sejam totais e periodicamente desenterradas e, por conseqüência, danificadas, algumas medidas poderão vir a ser tomadas, como por exemplo, *a colocação, ao redor de onde estas plantas forem enterradas, de um substrato que possua uma granulometria graúda. Este evitará que os Ciclídeos Africanos tenham força para ali remexer.    
Outra, porque algumas espécies possuem hábitos herbívoros, as plantas poderão ser facilmente beliscadas ou comidas. Portanto, tais espécies não deverão ser adquiridas se for desejo do aquarista manter algum tipo de plantas no aquário.

ESCLARECIMENTOS FINAIS:
As espécies de Ciclídeos Africanos, de uma forma geral, caracterizam-se pela resistência. Portanto, desde que mantidas em aquários adequados, desde que devidamente alimentadas e desde que o aquário receba as corretas manutenções, dificilmente adquirirão doenças.     Ciclídeos Africanos estão acostumados a águas movimentadas, portanto, quanto a isto não haverá "problemas" na hora da utilização de aeradores. Claro, sem exageros!!!