terça-feira, 21 de setembro de 2010

- Algumas Doenças

Assim como nós, os peixes também adoecem. A manutenção da boa qualidade da água é uma ferramenta importantíssima para a saúde e o bem estar dos peixes, pois a prevenção ainda é o melhor remédio. A falta de cuidados com a manutenção da água do aquário normalmente é o estopim que desencadeia em doenças nos peixes, causadas por protozoários, fungos, bactérias e outros parasitas.A rápida detecção do problema, a identificação precisa para o correto tratamento e a perseverança são as chaves para uma recuperação bem sucedida!
 A seguir, listamos algumas das doenças mais comuns que podem acometer os peixes ornamentais.

Doenças causadas por protozoários, outros parasitas e por má qualidade da água:
Protozoários são pequenos seres formados por uma única célula. Podem apresentar duas fases no seu ciclo de vida: a forma de cistos e a forma livre-natante. Na maioria das vezes eles se manifestam quando ocorre uma queda brusca na temperatura da água.
Para o tratamento de doenças causadas por protozoários e outros parasitas, recomenda-se o uso de
um parasiticida extremamente eficiente. A elevação da temperatura da água para a faixa entre 27 e 30 ºC contribui para acelerar o ciclo de vida do protozoário, diminuindo o período de encistamento e aumentando a eficácia do tratamento. Muitas vezes as manifestações de protozoários podem estar associadas a infecções causadas por fungos e bactérias oportunistas. Desta forma, quando há detecção dos mesmos, é recomendado o uso conjugado de fungicidas e bactericidas.


Ictiofitiríase - Nomes comuns: Íctio ou Doença dos Pontos Brancos.
É causada pelo protozoário Ichthyophthyrius multifiliis, que normalmente se manifesta quando os peixes são submetidos a quedas bruscas de temperatura. No estágio inicial da infestação o peixe se esfrega no fundo e nos objetos de decoração do aquário. As nadadeiras ficam mais fechadas, ocorre perda de apetite e a respiração se torna ofegante. Surgem então pequenos pontos brancos espalhados por toda a superfície do corpo e nadadeiras.
Os pontinhos brancos são na verdade a fase cística e a forma mais resistente do protozoário. Depois do período de amadurecimento, o cistos se desprendem do peixe e vão para o fundo do aquário. Eles então eclodem e liberam novos protozoários infestantes que irão se fixar novamente no peixe, até amadurecerem e fechar o ciclo. O tratamento da doença consiste em combater os protozoários na forma livre, que é a forma menos resistente. Isto é conseguido com a aplicação do medicamento na água do aquário

Oodiniose - Nome comum: Doença do Veludo.
Causada pelo protozoário Oodinium pilullaris. Este protozoário também costuma se manifestar quando ocorrem quedas bruscas de temperatura. Falta de apetite, emagrecimento, respiração ofegante, perda de equilíbrio e numerosos pontinhos dourados conferindo ao peixe uma aparência aveludada, são os principais sintomas desta doença. Ela é muito contagiosa e espalha-se rapidamente no aquário. Seu ciclo de vida é semelhante ao do protozoário causador do Íctio. É comum constatar sintomas de asfixia nos peixes infectados.


Costiose - Nome comum: Costia.
Pode ser causada pelos protozoários Ichthyobodo sp. (Costia sp.), Chilodonella sp., Cylochaeta sp. e Brooklynella sp. entre outros. Os peixes apresentam o corpo com aspecto esbranquiçado ou nebuloso, falta de apetite e presença de ramificações vermelhas nas nadadeiras.

Olhos Embaçados ou Dactylogirose: Causada pelos trematodos monogenéticos Dactylogirus sp. e Gyrodactylus sp. Os peixes apresentam os olhos cobertos com uma espécie de névoa, inchaço das brânquias, respiração ofegante, falta de apetite e outros sintomas associados às infecções por fungos ou bactérias.

Olhos Inchados (Pop-eye): Os olhos apresentam-se inchados e com o aspecto "saltado". Os peixes com olhos inchados podem ainda apresentar a barriga inchada e as nadadeiras roídas.

Hidropsia: Manifesta-se quando ocorre uma infecção bacteriana que provoca a paralisia dos órgãos internos dos peixes, provocando o aumento do volume ventral, bem como o eriçamento das escamas.

Tuberculose ou Barriga Seca: Também associada à queda na qualidade da água. O peixe torna-se magro, com o ventre retraído. Pode haver perda de escamas, descoloração do peixe e destruição das nadadeiras.

Buracos na Cabeça (Hole-in-head): Conhecida também como doença dos Ciclídeos. Sintoma ligado ao protozoário Hexamita sp. e possivelmente a bactérias. Ocorre abertura de feridas no peixe que acabam tornando-se verdadeiros buracos. Podem ocorrer outros sintomas associados às doenças causadas por bactérias, como hidropsia.

Septicemia: Resultante de infecção bacteriana generalizada, a septicemia provoca o surgimento de vasinhos sanguíneos dilatados na base das nadadeiras e ao redor dos olhos. As nadadeiras mostram-se roídas e desbotadas. Em casos avançados, pode causar a perda das nadadeiras.

Fungo na Boca (Cotton mouth): Apesar do nome, normalmente é causada pela ação da bactéria Flexibacter columaris. Possuí como característica a presença de pequenos filamentos ou tufos de algodão formando uma grossa camada ao redor da boca. É comum a ocorrência simultânea de fungos.

Doença do algodão ou Saprolegniose: Causada principalmente pelos fungos Saprolegnia sp., Achlya sp. e Ichthyosporidium sp.. O peixe apresenta tufos semelhantes a algodão na superfície do corpo ou nadadeiras. Muitas vezes pode haver perda de escamas.

Ichthyophonus: Também chamada de "Doença da boca branca". É outra forma de infecção causada por fungo de mesmo nome da doença, raramente diagnosticada pelo aquarista. É provocada pela ingestão por parte do peixe de cistos desse fungo presentes em outros peixes ou livres na água. O fungo desenvolve-se então no instestino e penetra nas vias sangüíneas. Os sintomas variam dependendo de onde a infecção tem início, mas podem ocorrer ulcerações na pele, inchação abdominal ou enfraquecimento. O tratamento é feito embebendo-se alimento seco em uma solução a 1:100 de fenoxetol, misturando aos peixes infectados. Remova sempre os peixes mortos do aquário o mais cedo que puder.

Envenenamento: Sinais: O peixe permanece logo abaixo da superfície da água, respirando forçado, mesmo que a filtragem e aeração estejam funcionando bem. Algumas vezes, o peixe corre pelo aquário, erraticamente. Causa: Envenenamento por metais tal como o cobre (canos, excesso de algicida) ou amônia ou nitrito. Tratamento: Em casos agudos, troque metade da água, imediatamente, repita após 12 horas, se necessário. Determine a causa e retire o material que causou o envenenamento.

Intoxicação por Nitrito (NH³): Os sintomas são olhos embaçados, dificuldades respiratórias, inquietação (o peixe fica balançando na água e morre deitado). É causado por uma superpopulação de peixes no aquário, água não estabilizada e excesso de alimentos. Como tratamento, é aconselhável trocar a água e manter o peixe em água nova bem condicionada com produtos já existentes no mercado.

Choque por mudança de pH e dH: Acontece em alguns peixes mais sensíveis quando são transferidos bruscamente do seu aquário, para outro com uma água diferente em acidez e dureza. O peixe, ao ser introduzido no aquário, nada com rapidez durante uns instantes, para depois cair no fundo com a respiração bastante acelerada e, se não for de novo colocado na água inicial, pode não resistir e morrer.
Também pode contribuir para esta situação uma diferença de alguns graus na temperatura dos dois aquários. Para evitar que isso aconteça, proceder de forma indicada na parte reservada à higiene.


Estas são, em breves linhas, as doenças mais comuns observadas em peixes vivendo em cativeiro. Se não houver mudanças bruscas de água ou temperatura, se os peixes forem devidamente alimentados, essas doenças serão evitadas. ATENÇÃO: Nunca se deve usar um remédio diretamente no aquário comunitário, pois o remédio afeta as plantas e destrói toda a microfauna da água, causando um desequilíbrio biológico. Só use em caso em que a epidemia se revele incontrolável, trocando toda a água ao final do tratamento. Para a não ocorrência desses fatos recomendamos o uso de um aquário hospital

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