A seguir, listamos algumas das doenças mais comuns que podem acometer os peixes ornamentais.
Doenças causadas por protozoários, outros parasitas e por má qualidade da água:
Protozoários são pequenos seres formados por uma única célula. Podem apresentar duas fases no seu ciclo de vida: a forma de cistos e a forma livre-natante. Na maioria das vezes eles se manifestam quando ocorre uma queda brusca na temperatura da água. Para o tratamento de doenças causadas por protozoários e outros parasitas, recomenda-se o uso de um parasiticida extremamente eficiente. A elevação da temperatura da água para a faixa entre 27 e 30 ºC contribui para acelerar o ciclo de vida do protozoário, diminuindo o período de encistamento e aumentando a eficácia do tratamento. Muitas vezes as manifestações de protozoários podem estar associadas a infecções causadas por fungos e bactérias oportunistas. Desta forma, quando há detecção dos mesmos, é recomendado o uso conjugado de fungicidas e bactericidas.
Ictiofitiríase - Nomes comuns: Íctio ou Doença dos Pontos Brancos.
É causada pelo protozoário Ichthyophthyrius multifiliis, que normalmente se manifesta quando os peixes são submetidos a quedas bruscas de temperatura. No estágio inicial da infestação o peixe se esfrega no fundo e nos objetos de decoração do aquário. As nadadeiras ficam mais fechadas, ocorre perda de apetite e a respiração se torna ofegante. Surgem então pequenos pontos brancos espalhados por toda a superfície do corpo e nadadeiras.
Os pontinhos brancos são na verdade a fase cística e a forma mais resistente do protozoário. Depois do período de amadurecimento, o cistos se desprendem do peixe e vão para o fundo do aquário. Eles então eclodem e liberam novos protozoários infestantes que irão se fixar novamente no peixe, até amadurecerem e fechar o ciclo. O tratamento da doença consiste em combater os protozoários na forma livre, que é a forma menos resistente. Isto é conseguido com a aplicação do medicamento na água do aquário
Oodiniose - Nome comum: Doença do Veludo.
Causada pelo protozoário Oodinium pilullaris. Este protozoário também costuma se manifestar quando ocorrem quedas bruscas de temperatura. Falta de apetite, emagrecimento, respiração ofegante, perda de equilíbrio e numerosos pontinhos dourados conferindo ao peixe uma aparência aveludada, são os principais sintomas desta doença. Ela é muito contagiosa e espalha-se rapidamente no aquário. Seu ciclo de vida é semelhante ao do protozoário causador do Íctio. É comum constatar sintomas de asfixia nos peixes infectados.
Costiose - Nome comum: Costia.
Pode ser causada pelos protozoários Ichthyobodo sp. (Costia sp.), Chilodonella sp., Cylochaeta sp. e Brooklynella sp. entre outros. Os peixes apresentam o corpo com aspecto esbranquiçado ou nebuloso, falta de apetite e presença de ramificações vermelhas nas nadadeiras.
Olhos Embaçados ou Dactylogirose: Causada pelos trematodos monogenéticos Dactylogirus sp. e Gyrodactylus sp. Os peixes apresentam os olhos cobertos com uma espécie de névoa, inchaço das brânquias, respiração ofegante, falta de apetite e outros sintomas associados às infecções por fungos ou bactérias.
Olhos Inchados (Pop-eye): Os olhos apresentam-se inchados e com o aspecto "saltado". Os peixes com olhos inchados podem ainda apresentar a barriga inchada e as nadadeiras roídas.
Hidropsia: Manifesta-se quando ocorre uma infecção bacteriana que provoca a paralisia dos órgãos internos dos peixes, provocando o aumento do volume ventral, bem como o eriçamento das escamas.
Tuberculose ou Barriga Seca: Também associada à queda na qualidade da água. O peixe torna-se magro, com o ventre retraído. Pode haver perda de escamas, descoloração do peixe e destruição das nadadeiras.
Buracos na Cabeça (Hole-in-head): Conhecida também como doença dos Ciclídeos. Sintoma ligado ao protozoário Hexamita sp. e possivelmente a bactérias. Ocorre abertura de feridas no peixe que acabam tornando-se verdadeiros buracos. Podem ocorrer outros sintomas associados às doenças causadas por bactérias, como hidropsia.
Septicemia: Resultante de infecção bacteriana generalizada, a septicemia provoca o surgimento de vasinhos sanguíneos dilatados na base das nadadeiras e ao redor dos olhos. As nadadeiras mostram-se roídas e desbotadas. Em casos avançados, pode causar a perda das nadadeiras.
Fungo na Boca (Cotton mouth): Apesar do nome, normalmente é causada pela ação da bactéria Flexibacter columaris. Possuí como característica a presença de pequenos filamentos ou tufos de algodão formando uma grossa camada ao redor da boca. É comum a ocorrência simultânea de fungos.
Doença do algodão ou Saprolegniose: Causada principalmente pelos fungos Saprolegnia sp., Achlya sp. e Ichthyosporidium sp.. O peixe apresenta tufos semelhantes a algodão na superfície do corpo ou nadadeiras. Muitas vezes pode haver perda de escamas.
Ichthyophonus: Também chamada de "Doença da boca branca". É outra forma de infecção causada por fungo de mesmo nome da doença, raramente diagnosticada pelo aquarista. É provocada pela ingestão por parte do peixe de cistos desse fungo presentes em outros peixes ou livres na água. O fungo desenvolve-se então no instestino e penetra nas vias sangüíneas. Os sintomas variam dependendo de onde a infecção tem início, mas podem ocorrer ulcerações na pele, inchação abdominal ou enfraquecimento. O tratamento é feito embebendo-se alimento seco em uma solução a 1:100 de fenoxetol, misturando aos peixes infectados. Remova sempre os peixes mortos do aquário o mais cedo que puder.
Envenenamento: Sinais: O peixe permanece logo abaixo da superfície da água, respirando forçado, mesmo que a filtragem e aeração estejam funcionando bem. Algumas vezes, o peixe corre pelo aquário, erraticamente. Causa: Envenenamento por metais tal como o cobre (canos, excesso de algicida) ou amônia ou nitrito. Tratamento: Em casos agudos, troque metade da água, imediatamente, repita após 12 horas, se necessário. Determine a causa e retire o material que causou o envenenamento.
Intoxicação por Nitrito (NH³): Os sintomas são olhos embaçados, dificuldades respiratórias, inquietação (o peixe fica balançando na água e morre deitado). É causado por uma superpopulação de peixes no aquário, água não estabilizada e excesso de alimentos. Como tratamento, é aconselhável trocar a água e manter o peixe em água nova bem condicionada com produtos já existentes no mercado.
Choque por mudança de pH e dH: Acontece em alguns peixes mais sensíveis quando são transferidos bruscamente do seu aquário, para outro com uma água diferente em acidez e dureza. O peixe, ao ser introduzido no aquário, nada com rapidez durante uns instantes, para depois cair no fundo com a respiração bastante acelerada e, se não for de novo colocado na água inicial, pode não resistir e morrer.
Também pode contribuir para esta situação uma diferença de alguns graus na temperatura dos dois aquários. Para evitar que isso aconteça, proceder de forma indicada na parte reservada à higiene.
Nenhum comentário:
Postar um comentário