Uma vez que temos um aquário bem plantado e vamos ter que esperar uns dias para introduzir os peixes, aproveitemos para adquirir alguns conhecimentos sobre a água e suas condições de higiene.
pH
O potencial hidrogeniônico, mais conhecido como pH, mede a alcalinidade ou acidez de um meio. Sua escala vai de 0 a 14: se o pH tiver o valor 7, a água é neutra; se o pH for inferior a 7, a água é ácida; se o pH for superior a 7, a água é alcalina.
Para se medir o pH da água do aquário, existe hoje no mercado, a baixo custo, os chamados testes de pH. A medição é feita colhendo uma pequena quantidade de água do aquário e adicionando algumas gotas do reagente. Faz-se então, a comparação da cor resultante com uma tabela de cores com valores de pH fornecida junto com o produto.
Cada espécie aquática tem um pH considerado ideal, onde ela exerce todas as suas atividades sem problema algum. Isso não quer dizer que uma espécie, se colocada em um pH diferente do seu ideal, irá perecer. Na realidade, pouquíssimas mortes de peixes são causadas por pH. Nesse tópico, o que é perigoso é a sua variação, mesmo que seja retirando um espécime de um pH e colocando-o no seu ideal.
Deste modo, caso você tenha um peixe em um pH não-ideal, é preferível deixá-lo onde está (caso ele esteja vivendo bem) a transferi-lo para uma água de pH ideal sem cuidado algum. Caso tenha que transferir um peixe, faça o seguinte:
1-Ponha-o em um saco, com a água do aquário onde ele estava;
2-Deixe o saco boiando por 30 minutos na nova água para que a temperatura se iguale;
3-Ponha lentamente (a cada 5 minutos) um pouco da água nova no saco onde o peixe está;
4-Quando o saco já estiver cheio, solte o peixe.
Esse processo lhe assegurará uma mudança lenta e gradual do pH para o peixe, livrando-o de possíveis seqüelas, sendo válido também para peixes recém-adquiridos. A maioria das espécies é de pH entre 6,8 e 7,4.
2-Deixe o saco boiando por 30 minutos na nova água para que a temperatura se iguale;
3-Ponha lentamente (a cada 5 minutos) um pouco da água nova no saco onde o peixe está;
4-Quando o saco já estiver cheio, solte o peixe.
Esse processo lhe assegurará uma mudança lenta e gradual do pH para o peixe, livrando-o de possíveis seqüelas, sendo válido também para peixes recém-adquiridos. A maioria das espécies é de pH entre 6,8 e 7,4.
dH
O grau de dureza da água está condicionado à quantidade de sais que ela contém e é definido pelo símbolo dH. O dH indica a quantidade de matéria mineral dissolvida em uma determinada água. Para o aquariofilista interessa principalmente os sais de calcário.
Uma água dura ou bastante mineralizada é a que contém uma grande quantidade de sais de calcário. Inversamente, uma água mole ou pouco mineralizada é a que possui uma pequena percentagem desses sais.
A escala de dH vai de 0° (muito mole) à 25° (muito dura). A maioria dos peixes adapta-se à uma variação de 9-14°. Entretanto, para alguns é preciso manter condições muito precisas para que eles reproduzam e sobrevivam por muito tempo.
Uma água dura ou bastante mineralizada é a que contém uma grande quantidade de sais de calcário. Inversamente, uma água mole ou pouco mineralizada é a que possui uma pequena percentagem desses sais.
A escala de dH vai de 0° (muito mole) à 25° (muito dura). A maioria dos peixes adapta-se à uma variação de 9-14°. Entretanto, para alguns é preciso manter condições muito precisas para que eles reproduzam e sobrevivam por muito tempo.
Água mole ou pouco mineralizada------------------ 0° a 5°
Mediamente mineralizada-------------------------- 5° a 12°
Mediamente mineralizada-------------------------- 5° a 12°
Dura ou muito mineralizada---------------------- 12° a 20°
Muito dura------------------------------------------------ 20° a 25°
CORREÇÃO DO pH e dH
Antes, isso era um problema não muito simples de se resolver, mas hoje já se encontra no mercado uma larga variedade de produtos que corrigem esse tipo de problema à um custo irrisório. Estas correções devem ser feitas lentamente e sob rigoroso controle, para que os peixes não sofram com uma alteração brusca da composição química da água. Teoricamente, esses dois valores (pH e dH) não estão diretamente relacionados. Mas na prática, verifica-se que uma água pouco mineralizada apresenta um pH baixo, ou seja, tende a ser ácida. Igualmente, uma água muito mineralizada ou dura é, em princípio, alcalina.
Um peixe cuja água ideal seja ácida, se adapta muito bem em água alcalina. Já o peixe de água alcalina, não consegue se adaptar direito em água ácida. Troncos e alguns tipos de raízes e plantas, em grande quantidade, tende a deixar a água ácida. Búzios, conchas, estrela-do-mar e algumas rochas calcárias, deixam a água mais alcalina.
Aparência da Água
A cor da água é um indicativo para o que está acontecendo no aquário, tanto química quanto biologicamente, e um aquarista cuidadoso pode retirar dela várias indicações para saber o momento em que deve intervir para evitar problemas com doenças e/ou desequilíbrios químicos e biológicos que poderiam chegar até a causar mortes em sua criação.
Uma água bem limpa, clara e cristalina revela que suas características químicas, como pH e dH, biológicas, como quantidade de algas, e de manejo, como quantidade e qualidade de iluminação estão em níveis aceitáveis, e muito mais facilmente você terá um aquário balanceado e adequado para sua criação.
Quando nós tiramos a água da torneira, ela é clara e aparentemente ótima para usar no aquário, mas não é essa a realidade, pois, a partir do momento em que é depositada, ela sofre uma série de reações químicas, físicas e biológicas, e é por isso que devemos sempre esperar que ela "amadureça", durante até duas semanas, dependendo do tamanho do aquário.
Um exemplo é o que acontece dois ou três dias após cheio o aquário, a água vai ficando turva e leitosa, devido principalmente à grande proliferação de bactérias. Uns dias mais e veremos que ela voltará ao normal, e só aí poderemos pensar em colocar os peixes. Ela continuará cristalina e transparente, desde que receba os cuidados necessários. A partir daí, de acordo como mudará a cor da água, poderemos saber o que está acontecendo com ela.
ÁGUA VERDE: A água verde é produzida por algas microscópicas que se desenvolvem devido ao excesso de luz direta sobre o aquário. Para evitá-las devemos colocar o viveiro num lugar onde não pegue mais que meia hora diária de sol, pela manhã. Se a água fica verde devemos tampar os lados do aquário por onde lhe chega a luz, e ficar vigilantes, pois as algas morrendo, desprendem enormes quantidades de gás carbônico, prejudicial aos peixes. As "dáfnias", pequenas pulgas d'água são reputadas como grandes comedoras de algas verdes.
ÁGUA MARROM: É produzida por algas dessa cor, devido a má iluminação. Um aquário que chega a essa condição é por ter sido negligenciado na sua iluminação, e seu aspecto é deplorável. As plantas não se desenvolvem, ficam amareladas, raquíticas e a solução para evitar que isso aconteça é usar luz em quantidade suficiente.
ÁGUA TURVA: É devido ao excesso de matéria orgânica em suspensão e à sua lógica reprodução de bactérias. Pode ser evitada mantendo o aquário escrupulosamente limpo, sinfonando-se periodicamente os dejetos dos peixes e os restos de comida que se acumulam no fundo. Quando a água se turva, nunca deve ser substituída, nem parcialmente, por outra recém tirada da torneira. Isso tende a aumentar ainda mais o número de bactérias.
ÁGUA CRISTALINA: É o estado ideal da água. Quando há uma perfeita observação de todas as regras básicas anteriormente expostas, a água mantêm-se limpa e inodora indefinidamente. Porém, às vezes, por razões tais como: um descuido na quantidade de alimentação dada aos peixes, uma superpopulação no aquário, ou qualquer outra falha, a água se turva. Geralmente se deixarmos os peixes em jejum por alguns dias e sinfonarmos os dejetos do fundo do aquário, a água volta à sua condição natural. Esse processo pode ser acelerado mantendo o filtro sempre ligado.
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