sábado, 27 de agosto de 2011

- Aquarismo Reduz o Estresse

Pare diante de um aquário por alguns instantes para ver a beleza e a harmonia da natureza em miniatura
                                      

O movimento fluido de peixes no aquário tranquiliza a mente e traz paz de espírito. O aquário é um verdadeiro abajur vivo que harmoniza ambientes, sejam domésticos ou comerciais. Por tantas vantagens, não é à toa o crescimento do setor no Ceará, Estado líder no ranking nacional exportador de peixes ornamentais marinhos, que movimenta, em toda a sua cadeia, entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões por ano, gerando cerca de 400 empregos diretos e 1 mil indiretos.

O presidente da entidade é Airton de Azevedo Carneiro Filho, também proprietário da Habitat Pet, uma das pioneiras no Estado. Ele afirma que o crescente interesse pela criação de peixes ornamentais dá-se por ser um hobby que se adequa perfeitamente à rotina do proprietário, além de possuir poder terapêutico. "Há casos de pessoas que se curaram de depressão criando peixes ornamentais", atesta, lembrando também que a prática traz benefícios para outros males da modernidade, tais como estresse, ansiedade e pânico. Motivos não faltam para o aquarismo ser o segundo maior hobby do mundo.

O poder terapêutico da criação de peixes ornamentais pode estar na beleza e harmonia do aquário. É a miniatura de um perfeito ecossistema bem diante dos olhos. Numa observação silenciosa, o aquarista pode se distanciar dos problemas do dia a dia e viver um presente cheio de cores e movimentos harmônicos. Assim se manifestam os peixes ornamentais.

No Ceará, já são cerca de 40 criadores, quase todos de pequeno porte. Também há dois de grande porte e um de médio porte, regularizados junto ao Ibama e Semace. "O polo produtor do Estado está em torno do 3º lugar em volume de peixe criados por ano", afirma Airton de Azevedo. Este volume soma, em média, 461 mil unidades anuais, colocando o Ceará atrás somente dos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, e à frente de Pernambuco, Paraná e São Paulo.

Os peixes criados no Ceará vieram de países da África. São os ciclídeos africanos. Se adaptaram muito bem às nossas águas e clima. "Somos hoje os maiores produtores destas espécies", afirma ele. Outros vieram da América Central, que são os mais comuns entre as espécies de aquário, tais como molinésias, platis e espadas. "Também somos o maior criador de molinésias do País", comemora o empresário.

Dados da Aclace apontam que são mais de 150 espécies diferentes de peixes ornamentais criados no Ceará. "Mas também somos os maiores criadores de peixes e corais marinhos do Brasil, e uma das poucas empresas legalizadas no País para esta atividade que é bem recente, onde criamos o famoso peixe-palhaço do filme ´Procurando Nemo´". As espécies criadas no Estado abastecem somente o mercado interno, principalmente os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

As exportações do Ceará são feitas por meio de quatro empresas que não criam peixes, somente fazendo a coleta nas águas cearenses. Também compram unidades pescadas na Amazônia para vender aos mercados da Ásia, Europa e Estados Unidos. São cerca de 40 mil unidades por ano comercializadas no exterior. As espécies são bastante valorizadas e custam entre US$ 0,60 a US$ 200,00. "Somos os maiores exportadores de peixes marinhos do Brasil, e o maior exportador do mundo da espécie Holacanthus ciliares ("Queen angel fish"), que possui um ótimo preço no mercado, entre U$ 15 e U$ 35, pois o mar do Ceará possui uma quantidade bem maior da espécie do que outras regiões do Brasil e do Caribe", diz ele.

Para iniciar no aquarismo basta gostar de criar peixes. Mas Airton de Azevedo dá outras dicas importantes. Uma delas é procurar lojas especializadas, para receber toda a orientação e levar o peixe adequado ao tamanho do aquário. A proporção correta é de um peixe para cada três litros de água. As espécies mais acessíveis para iniciantes são dos grupos de ciclídeos, kinguios (japonês), tropicais e marinhos. Não é conveniente misturar as espécies para evitar conflitos por espaço.

Para garantir uma água sempre limpa e transparente, deve haver disciplina na oferta de ração. "Recomenda-se alimentar os peixes de uma a duas vezes ao dia, sendo a segunda alimentação até 15h", diz ele.




Fonte: Notícias


AQUARISMO HOBBY E PAIXÃO

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